quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O Bom Combate


Acabei de rever "História Real" do Lynch ,na tv, preparando-me a uma semana como quem quer reencontrar um grande amigo. Seduzi a minha familia para finalmente ver comigo para apresentar o meu velho amigo: Alvin Straight. Sua historia sensibilizou Lynch que quis filmar essa sensibilidade. E mostrar o ritmo que deveriamos ver a vida. Já, agora e naum quando estivessemos com o corpo ditando esse ritmo. A visão de mund é tudo para o filme. O pensar antes de falar. A expressão de dor no rosto e os frequentes olhos marejados, não são apenas manifestaçoes... são tambem códigos. Closes que explodem como fogos em nossa retina, mas em camera lenta...
Mais que reflexivo ou contemplativo, é a expectativa de se revelar mais um motivo para um Senhor de 73 anos estar atravessando o país num cortador de grama é quase um suspense.
A medida que o filme avança vc necessita de respostas, como todos que cruzam com Alvin...e aos poucos ve que não á necessidade dela, e nem motivo. Apenas Iluminação. Que aparece nas estrelas ou em cada cigarro aceso por Alvin em suas paradas estratégicas. Lynch desenha a sua maior bizarrice: a ultima luta de um ser humano contra seus limites...de corpo e alma.

Animação como Ícone


Numa época onde a computação gráfica transcendeu os limites da imaginação, as animações classicas ficaram em segundo plano devido ao trabalho etempo de realização. Nesse mar de possibilidades a exigencia imediata é da criatividade, do trazer algo novo ou até mesmo tradicional sob uma ótica visionária. Esse segundo caso já tem um nome:Hayao Miyazaki.
A sua última investida , "O CASTELO ANIMADO" é tudo que a humanidade deseja , compra e dá a vida: minutos de fantasia. Somado os trabalhos anteriores, não menores (
A Princesa Mononoke, e A viagem de Chihiro, que ja eram obras primas) Miyazaki tem a aura de grandes mestres, indiscutivelmente, um dos ícones da fantasia desse século.
O castelo é deum uma ousadia surreal: a de colocar como protagonista uma senhora de 90 anos, em um desenho de aventura. Só pela premissa já derruba todas a estrutura da pseudo arte que querem impor em nome da economia e falsa moralidade. Em um unico desenho, não só ele educa o público infantil, como ele remete aos adultos a rever seus principios e a capacidade de ver alem da imagem. E de forma mais bela. Sem levar o espectador como um cachorrinho pela coleira e nem colocar os vilões no seu devido lugar... A mensagem não poderia ser mais sublime: o perdão e a tolerancia, sem hipocrisia, fazem parte do mundo das pessoas de bem. Sem felizes para sempre... só felizes.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Aula de Escapismo


Marcar o cinema como uma forma alternativa para o que se percebe, faz dos temas de Terry Gillian rodear em circulos. Mas dessa vez ele levantou sua lente e encontrou na realidade a forma mais obvia de escapar via ilusão. Seu filme CONTRAPONTO conversa conosco pela linguagem de quem se infurnou em seu proprio mundo: pelas drogas, bebidas ,por um retardamento, por um acidente, não importa as vias... só para a criança é permitido sonhar e escapar ilesa, enquanto para os adultos servirá de outros subterfugios para escapar de suas infelicidades via ilusão. A mensagem é que apenas o cinema é forma imaculada de projeção de um sonho. (A televisão não existe para o mundo dessas pessoas, elas já tem seu vicio). Gillian levanta a bandeira da ficção e nota que ela é um triste remédio para sustentar nosso psique abalado e torturado pela informação crua e nua da vida. Todos os personagens por algum motivo não querem estar nem ser... querem apenas usufruir de uma liberdade ética ,onde podemos viver nossos sonhos. Não queremos realiza-los, só vive-los. Gilian nos alerta para essa cachaça de entretenimento a quem nós vamos nos viciar, gritando de um fundo do poço que ele mesmo não quer ou não consegue sair.

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