quinta-feira, 20 de março de 2008

CINEMA EM CAUSA PRÓPRIA


Wes Anderson trocou a terapia pelo cinema...isso faz 5 filmes. MAs a de se considerar que ele é daquele tipo de diretor cuja obssesão só faz bem a humanidade: Viagem a Darjeeling é seu filme-exorcismo. Seu talento visual inegável , misturado a uma cenografia fantastica, cede praticamente 3 filmes em 1 (quatro, contando com o curta inicial). O primeiro filme é sobre as diferenças familiares a se acertar independente se estão sobre um contexto marivilhosamente cultural, cujos dialogos poderiam ser ditos em qualquer lugar e praticamente ofuscam a arte ao redor dos personagens. O segundo filme é o olhar ocidental para a cultura intraduzivel dos hindus, onde complexidade e poesia se misturam de forma até cruel. E o terceiro filme são as referncias sobre si mesmo , tanto na trilha sonora , quanto nas mensagens subriminares (Bill Murray perde trem e metaforicamente o filme, os personagens autobiográficos de Jason Schwartzmann e Irfan Khan como coadjuvante de luxo).
O desafio agora de Anderson é mais do que simples. Parar de falar de si mesmo para usar toda seu ponto de vista e travellings em camera lenta em uma leitura do macro cosmos, ja que seu mundo foi fechado com chave de ouro.

quarta-feira, 19 de março de 2008

A CELEBRAÇÂO DESMASCARADA


Voce esta vendo Brad Pitt nessa foto? pois é. Ele é o anti-protagonista (?) do filme " O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD". Nome comprido-fillme comprido.
O western jah a muito tempo tem tido um revisitamento pelos diretores. Tambem pudera. Quanto mais distante de uma época , menos se entende. A audacia do filme no entanto é colocar em cheque o galmour americo-mundial de colocar celebridades em patamares desmerecidos. O filme nãoi existiria sem Brad Pitt, mas Casey Afleck como o algoz profetizado no título tem ua presença muito mais marcante para os expectadores. Por que? por que os milhões de anônimos são muito mais parecios com ele do que com sua celebridade favorita.
A falta de ação é um tapa na cara dos que se deixam levar pela idolatria. O filme conduz a história de que nem para quem cultua , nem qem é cultado a vida faz bem. Mas a amarra é a mesma: CAusa e consequencia. Um filme onde as pessoas estão em segundo plano quanto ao plano, dirigidos de forma excepcional e que tem a leve pretensão de amadurecer sua nação perante seusi intocáveis ídolos.

90 por 80

A amizade entre Quentin Tarantino e Robert Rodriguez é quase obsessiva. Dois doentes que conseguem viver amoralmente dentro de um respeitado e seleto grupo de diretores que parecem estabelecer suas proprias regras em Hollywood. MAs não se enganem. Os dois só se mantem unidos graças a uma troca de masturbação intelectual, regida por um Tarantino enciclopédico, guiando um talentoso aluno mexicano cuja criatividade surpreende o mestre.
O Primeiro tempo de um filme duplo apelidade de "GRINDHOUSE" veio paro Brasil na forma de "PLANETA TERROR" criado para ser antológico. Tarantino bem que tentou ensinar Rodriguez, mas este tem valores noventinos muito enraigados para transportar-se para as importancias oitentistas. O que acabou resultando foi um filme que é meio paródia- meio homenagem. MAs não de todo ruim. Algumas cenas apresentou um Rodriguez muito mais maduro, talvez por estudo ou talvez influencia do espetacular SIM CITY ( uma obra de humildade, onde um diretor se rende aos Storybords de Frank Miller). O filme traz o novo Nick Nolte (Josh Brolin) que sinceramente... me assusta ( para o bem e para o mal) e apesar de divertida , a pelicula enfrenta os cacoetes atuais embalados num produto tachado como trash. Somente no seculo XXI se permitiria colocar uma metralhadora numa dançarina perneta (onde todo o filme não se decide propositalmente em qual perna ela esta). Os anos 80 levava a serio seus trash.De certa forma esse respeito faltou e por incrivel que pareça, esse desrespeito fez com que Rodriguez apresentasse a sua melhor câmera.

domingo, 9 de março de 2008

ODE AO FRACASSO


O comentario que eu tenho a fazer de "Pequena Miss Sunshine"(de Jonathan Dayton e Valerie Faris) estava adormecido quando um amigo me pressionou na parede para finalmente me posicionar.
Lido algumas duras criticas quanto ao filme se apresentar como um produto medíocre feito para dar certo elevantar o animo americano com velhas filosofias de que a esperança é o que move os vencedores, encontrei o ponto aonde estava estabelecida minha opinião.
O filme foi o que pode ser digerido de uma leva de diretores (Payne, Solondz..) que pisam com chuteira de travas de aluminio a classe média americana que não admite o fatalista fracasso pré estabelecido. Sunshine é uma mensagem das classes que foram enganadas com o Americam waY oF Life, que estão dispostas a sacrificar o lugar ao sol prometido, por uma nova perspectiva que lhe possa parecer honesta. O fotograma acima é um simbolo das classes que clama por vingança, que como em marcha aparecem rompendo os valores tentando ferir (ao colocar a pequena gordinha July num concurso de beleza)o que o país mais tem de caro: seu puritanismo estético.
Até o formto tragicomico-road-movie , tão apreciado pelos americanos é rasgado por uma Kombi amarela caido aos pedaços, com fracassados hasteando a bandeira das causas perdidas, é proposital.
Apesar de não ser uma obra prima, o filme é de certa forma uma atitude que pontua a genialidade; Utilizar-se da sua simbologia medíocre para elevar o espirito dos que se encontram no ponto zero de seus sonhos.

quarta-feira, 5 de março de 2008

BEM VINDA NOVA ROUPAGEM!


Ok... Mais uma animação... voce ja deve estar desconfiado de que é meu fetiche... mas... é irresistível. As expectativas do trailer do filme "TA DANDO ONDA" não eram nada promissoras. Mas a COLUMBIA PICTURES pagou pra ver a ousadia de utilizar a piada de se filmar em primeira pessoa (como fez nos extras do "Os Sem Floresta") e criou um surpreendente pseudo documentario sobre pinguins surfistas.
A pesquisa intensa sobre o mundo do surf é notoria. E cabe aqui dizer que a película é um profundo respeito a uma categoria de esporte que tem uma aura pejorativa dos outros. E o ritmo não-continuo de um documentario é o grande triunfo do filme, colocando verniz historico nas cenas em sépia de resgate de antigas filmagens em super 8 da decada de 60.
Claro que a estrutura emocional do jovem pupilo rebelde e sua relação com o aposentado mestre não é nova , mas a narrativa proposta prova que uma velha história pode ser contada de inumeras maneiras, revisitando os aspectos morais que incentivam perseverança e altruismo acima de valores menos nobres, como ganancia e competição desmedida.
A indicação ao Oscar ( apesar de estar atras de Ratatouille) é mais que merecida pelo momento feliz e inspiração e como uma ideia pode seduzir profissionais, a fazer de uma historia simples um espetaculo cinematografico.

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