terça-feira, 15 de abril de 2008

UM OSCAR AMARGO


Essa é a segunda postagem sobre esse filme.. e nem consegui reve-lo...talvez não será a ultima também pois ONDE OS FRACOS NÂO TEM VEZ ainda me assombra. Como Chigurh
Não pelo terror intencionado pois esse que talvez será o filme mais comentado dos Coen, mas pela constatação da moral humana teorizada já pelo livro que profetiza que o mundo não é mais lugar para velhos...conceitos...
A maravilhosa armadilha criada por esses dois malucos que praticamente desprezaram a entrega do Oscar, tinham um pseudonimo na edição e só não dizem ter se arrependido do filme que fizeram por que ele já não era mais deles , era uma catarse coletiva.
Ele estava travado na garganta , como uma espinha atravessada, e muitos me abordavam para uma luz no anti-climax que eu não sabia se tinha visto.
Até que infelizmente entendi. "os fracos.." são dois filmes... Um cuspido pela perplexia da personagem de Tommy Lee Jones na contemplação dos indicios de que ele era apenas uma voz sem eco em sua propria vida. E outro filme escracha a espécie humana e seu comportamento perante seu destino inevitável. A desilusão do paralelismo ser levado até o final não é culpa dos diretores e sim da coleira hollywoddyana impondo o mundo surreal de que todos se encontram ao final das duas horas de projeção de um pós-western. Em O GANGSTER de Ridlley Scoot as histórias se encontram se voce quiser ( até o JOSH BROLIN está lá).
Portanto, não brigue com o desconforto que o filme te traz, ele não foi feito para finais felizes.
E se o mundo premia com alegria uma das mensagens mais pessimistas dos ultimos tempos, se os Coen se negaram a fazer um filme celebração para brincar de arautos malditos e foram recebidos com ramas nos pés, realmente não há o que comemorar. O mundo parecer querer a as escolhas de Chigurh. Ou pelo menos o trauma de te-lo conhecido.

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