sábado, 24 de maio de 2008

NA VERDADE SELVAGEM


Há tipos humanos que necessitam serem admirados pelos seus atos..mesmo que eles não saibam disso... e depois pode-se perceber muito tarde que suas vidas toda correram atras desse objetivo e ao ir aos extremos, onde chegam onde é tarde recuar. Mesmo assim , a intensidade dessa jornada pode ter valido para alguma coisa. Pelo menos para seus admiradores.
Essa premssa ao meu ver inicialmente justifica o protagonista de "Na natureza Selvagem" e as intenções de Sean Peen de filmar tal historia, baseda em diarios e relatos de familia e conhecidos de um andarilho que largou o mundo de riqueza para morrer de inanição no alaska.
O olhar de Penn é mais otimista do que foi propriamente a vida de Alexander Supertramp, e para tal missão , Penn arriscou uma narrativa que foi aos limites de sua pequena experiencia como diretor. Felizmente nos entregou seu mais belo filme, onde no silencio e na procura de justificativas nos prende por mais de 2 horas numa mediocre aventura de fotografias.
Mas há algo no inconciente coletivo para admirar seres que se abstem da sociedade forjada para se atirar num mundo "selvagem". O proprio Herzog chega nessa conclusao em "O HOMEM URSO". MAs uma conclusão que talvez todos esse caras:admiradores e aventureiros não querem ver é que talvez só a morte na solidão e na indiferença da natureza torna sua viagem mais interessante para os cineastas .

quarta-feira, 21 de maio de 2008

ONDE OS FRACOS SÃO A MAIORIA


É possível postar um mestrado antropológico inteiro sobre a necessidade do macho humano desde sua infancia posicionar-se como vencedor. A pressão de estabelecer-se como um simples pai de família ou como líder de um bando de assaltantes trogloditas é o que faz dessa pequena fábula denominada de "OS INDOMÀVEIS" uma justificação de personagens em que lutam contra suas fraquezas para atingir a sensação de que há mais do que a vida pela simples sobrevivencia.
Ben Wade (Russel Crowe) destila onipotencia intelectual e transcende a armadura que a vida lhe obrigou a vestir quando pode em pequenos diálogos dar amostra do ser humano sensível e altruísta esmagado pelo assassino impiedoso no qual se tornara.
Não por acaso a película me remete a um personagem não menos conhecido de nosso país, Lampião, que tem uma história análoga, que sobrevive a nossa cultura pela complexidade que Virgulino foi.
Apesar da coragem ser a mola mestra do conto, a fraqueza é que une o Ben Wade a Evans ( Cristian Bale) ´que tem mais medo da vida medíocre que poderia levar do que do impiedoso assassino. É isso que desmonta Wade que encontra em Evans alguem merecedor de seu unico ato de benevolência da vida.
Ápesar de filmograficamente novo, o ritmo do filme é tão velho quanto a sua primeira versão, e faltou ousadia do diretor James Mangold de inserir um olhar mais "moderno".
Fica como uma boa história para contar aos filhos, e aos mocinhos e bandidos dentro de cada um de nós.

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