quinta-feira, 24 de julho de 2014

Dose Dupla (Análise de O Homem Duplicado)



Dois corpos não ocupam o mesmo espaços. Essa é a lei mais velha que estudar verbo To Be. é quase um mantra das aulas de ciências. Agora partir da idéia de um mesmo corpo ocupar dois espaços, o cinema tem tido tentado personificar com alguns filmes. Tanto que ja deveria ter um subgenero do drama chamados filmes de "duplo" . O Homem Duplicado, filme adaptado do incrivel livro do Saramago, vem trazer o desafio do escrito portugues, sob a tutela de um diretor que vem impressionando desde Incendios e Prisioners ( titulo Os suspeitos não dá né...tem outro filme com esse nome :( ).  Com uma performance madura do jake gyllenhaal, o filme ganha em tensão e ao mesmo tempo nos vazios propositais quase conseguimos escutar a narração do escritor.
 Mas o que mais impressiona mesmo é a temática.. Vivemos sob a ótica unica , da invidualidade plena e gritante. Observando os animais, como os peixes em cardumes , é impossivel não fazer a distinção da originalidade de cada ser humano. Imagine que de repente, vc descobre que sim, você é um peixe de um cardume, e que não só existe um outro você, mas esse outro é você. Nada de mundos paralelos e sim vidas paralelas num mesmo universo. Você vive sim , outra vida e ai descobre que há um outro de você , Você é você , e o outro você.
Não é um conceito novo, mas é uma idéia de dificil abstração por conta da física dos fatos. Algo parecido só havia visto em Watchman.
Outra ótica associada ao livro é a relação dos personagens , que discutem a necessidade da História humana se fundir a Ficção da imaginação.
Por tudo isso, o filme não só é um suspense que entretem mas um belo registro de um livro que fica nos anais da estrutura intelectual humana.

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