
Dai meus amigos... desculpe o hiatus! è que tava precisando mesmo de um tempo para reciclar as ideias e cá pra nós , a setima arte parece que parou tambem no tempo e espaço.
Porem algumas perolas surgiram nesse meio, e a ultima até me animou a reascender o RETINA.
A começar pelo extremo mal gosto do cara que inventou o titulo ( que era Rabbit Hole) : REENCONTRANDO A FELICIDADE... (Amigo! que nome preguiçoso).
Com a experiencia com a qual modestamente construi , nome ruim é indicio de coisa interessante... e a grata surpresa é de que me deparei com um belo dramalhão americano construido sob um roteiro decente, e atuações tridimenssionais.
O tema tambem não é novo... mas o foco é moderno... quem diria que as teorias cientificas sobre buracos negros, mundo paralelos e roteiros de HQs poderiam nos consolar das piores atrocidades do destino. Ainda mais com a falta de argumentação pelo qual passam as religiões, que tratam ainda todos como crianças.
Nao chega a ser cirurgico como as obras primas de Sam Mendes quando resolve pegar pesado... mas tambem não é melindroso como Fincher colocando violinos esticados na hora que é pra rolar o choro.
Sem pirotecnia, e pelo desenvolver dos dialogos minuciosamente decupados é que a emoção vai se estabelecendo... em dores e frases contidas as personagens vao se aflorando, junto com nossos sentimentos perante a historia.
Todas as glorias para o diretor John Cameron Mitchell, que se não fez um trabalho samurai, conseguiu abraçar o roteiro com unhas e dentes ao apostar no poder da contextualização.
Uma prova que tudo pode ser simples e triunfal quando deseja-se atingir o bom cinema com uma boa historia e bons atores e só.