quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NEM POR MÁGICA (Análise de APRENDIZ DE FEITICEIRO)


Não vou chutar cachorro morto... isso foi tudo o que fizeram até agora na ultima produção de Jerry Jerry Bruckheimer colocando em risco o classico FANTASIA da DISNEY na mão de John Turteltaub que parecia ser um tiro certo visto os milhõs que receberam com o plagio americano NATIONAL TEASURE, e ainda mais com NICHOLAS CAGE a tira colo.
Mas confesso que tirar algo de bom de um filme que usa efeitos especiais de primeira para no máximo humanizar o famoso desenho animado num roteiro cheio de clichês... é chamar o mundo de idiota... a boa notícia é que parece que essa formula não chega a funcionar mais...
Numa geração desgastada com tudo de bom e ruim sobre magia que foi sugado por Harry Porter..é até ousadia dizer que feiticeiros sãoi "paronormais-manipuladores de matéria". É até cabivel...mas inadequado..assumisse então esse lado Nerd pra bater de frente contra a fé cega dos Portianos.
A melhor cena acaba sendo mesmo a da classica faxina do desenho e ver aquelas vassouras e pratos pra cima e para baixo,porem, é mais um fetiche para quem tem 30 anos para cima do que para os mais jovens (apesar da remasterização em FANTASIA 2000)...
Sem mais disperdicio de caracteres, termino essa critica tendo fé de que magia chinfrin X cinema chinfrin aguardo a adaptação do ALQUIMISTA de Paulo Coelho ... essa é capaz de se dar melhor..

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NUNCA FOMOS TÃO BRASILIANOS (Análise de SEGURANÇA NACIONAL)


Não é de hoje, que o Brasil vem a muito tempo namorando a logistica americana e até sua própria maneira política de tratar seus vizinhos e aliados comerciais. Mas ontem o que vi foi praticamente um sexo explicito para com tal ideologia.
Brasil quer por que quer apresentar-se grande e imponente na américa latina, e numa tentativa de criar um 007 brasileiro encarnado por Thiago Lacerda faz SEGURANÇA NACIONAL... filme cujo roteiro é um fiapo de pano de fundo para propagandear o Turismo e o potencial(?) armamentista do exército brasileiro.E descarado...
Com apoio das forças armadas e dos governos estaduais, o filme até que se sai bem na estética, mas saber que 90 por cento (ou mais) do filme é com dinheiro público para ostentar uma soberania sinceramente chega a lembrar o nazismo(não...eu não estou exagerando) e sua cultura de mídia ( não esqueçamos que em 36 a Alemanha tambem promovia uma olimpíada de propaganda).
De cinema o filme pouco tem a não ser uma sequencia interminável de clichês de filme de ação com uma pausa paenas para lembrar da cultura de novela nos momentos de romance... O roteiro é obrigado a ser amarrado mas mais inocente que um feito pelo Renato Aragão...
Não dá nem para dizer que o filme é desonesto já que ele não faz questão nenhuma de disfarçar o quanto ele chupa estilos e tomadas de câmera...só não matou o amigo do mocinho para deixar a censura numa idade mais baixa..só pode.
Roberto Carminati e os outros dois roteiristas colocam latinos(?) contra nós, e em nenhum misero momento , sequer acertam um de nossos soldados...fora os imponentes discursos do presidente em rede Nacional e a bandeira brasileira ao fundo a tremular sob hinos de cantoras... Quase sai um "Deus salve a Luso-América..."
Há uma desconfiança da minha parte que esse filme é uma afronta a tropa de elite 2, o que não seria de estranhar já que os proprios americanos tambem usam filme X filme para fazer a censura velada e social...mas perderam feio, vamos combinar.
Perderam não...perdemos...nós que aos poucos estamos deixando de ter, a favor do mercado e o apoio nepotista do governo e sua obsessão de tornar-se visível e respeitado, sobre força economica e agora armamentista (?) um cinema brasileiro para um dispor de filmes brasilianos.
Yes , nós temos bananas de dinamite!!!!

sábado, 25 de dezembro de 2010

GLOBO DE OURO 2011-candidatos


Com um pouco de atraso mas sempre marcando ponto, vai aí a lista do globo de ouro 2011 e minhas torcidas...

Melhor Roteiro

Danny Boyle,127h
Lisa Chaldelinoc e Stuart Hart, Minhas mãe e meus pais
The king's speech
Christopher Nolan, A origem
Aron Sorkin, A rede social

TORCIDA: Danny Boyle

Melhor Canção Original

Bound to you - Burlesque
Coming home - Country strong
I see the light - Enrolados
There's a place for us - As crônicas de Nárnia: a viagem do peregrino da alvorada
You haven't seen the last of me - Burlesque



Melhor Trilha Sonora Original

Alexander Desplat, The king's speech
Danny Elfman, Alice no País das Maravilhas
A.R. Ronman, 127h
Trent Reznor, A rede social
Hans Zimmer, A origem



Melhor Filme Estrangeiro

Biutiful (México/Espanha)
The concert (França)
The egde (Rússia)
I am love (Itália)
In a better world (Dinamarca)

TORCIDA: Biutiful


Melhor Ator Comédia ou Musical

Johnny Depp, Alice no País das Maravilhas
Johnny Depp, O turista
Paul Giammatti, Barney's version
Jake Gyllenhaal, Amor e outras drogas
Kavin Spacey, Casino Jack

TORCIDA: Giammatti

Melhor Ator Drama

Jesse Einsenberg, A rede social
Colin Firth, The king's speech
James Franco, 127h
Mark Wahlberg, The fighter
Ryan Gosling, Blue valentine

Torcida: Jesse Einsenberg

Melhor Atriz Comédia ou Musical

Annette Benning, Minhas mães e meu pai
Anne Hathaway, Amor e outras drogas
Angelina, O turista
Julianne Moore, Minhas mães e meu pai
Emma Stone, Easy A

Torcida: Moore sempre

Melhor Atriz Drama

Halle Barry, Frank & Alice
Nicole Kidman, Rabbit hole
Winter's bone
Natalie Portman, O cisne negro
Michelle Williams, Blue valentine

Torcida: Portman


Melhor Ator Coadjuvante

Michael Douglas, Wall street: O dinheiro nunca dorme
Andrew Garfield, A rede social
Jeremy Renner, Atração perigosa
Jeffrey Rush, The king's speech

Torcida: Douglas


Melhor Atriz Coadjuvante

Amy Adam, The fighter
Helena Bonham Carter, The king's speech
Mila Kunis, O cine negro
Melissa Leo, The fighter
Jackie Weaver, Animal kingdom



Melhor Diretor

Darren Aronofsky, O cine negro
David Fincher, A rede social
Tom Hoopper, The king's speech
Chritopher Nolan, A origem
David O. Russel, The fighter

Torcida : ARONOFSKY sempre

Melhor Filme Comédia ou Musical

Alice no País das Maravilhas
Burlesque
Minhas mães e meus pais
Red
O turista

Torcida: Red


Melhor Filme Drama

Cisne negro
The fighter
A origem
The king's speech
A rede social

Torcida: Cisne Negro

10 FILMES NOTÁVEIS SOBRE O NATAL


Fiz a lista rápida 10 filmes que se baseiam nas festas de fim de ano... de milhoes de besteiras, essa é meu rol particular que não evito de rever de vez em quando.

10: Os Fantasmas contra-atacam (Scrooged), de Richard Donne

Adaptação pelo qual a cara de deboche de Bill Murray funciona explendorosamente, e uma moderna forma de ver a famosa fábula dos 3 fantasmas incorporar nos verdadeiras

assombrações capitalistas da década de 80. Nome desonesto em português seguindo o embalo do sucesso”Os Fantasmas se divertem” de TIM Burton

O Grinch (How the Grinch Stole Christmas)

Jim Carrey exercitando todas as caretas do mundo é impagável.Fora o humor negro afiadíssimo artelado a efeito

s e maquiagens perfeitas...

8 : Na Mira do Chefe (In Bruges), de Martin McDonagh

Apesar do natal ser neste apenas coadjuvante , o tema quase teatral sobre o dilema de dois assassino profissionais

passando juntos o natal numa cidade histórica , acabam numa fabula moderna deliciosa sobre valores. Colin Farrell e Brendan Gleeson numa sintonia poucas vezes vista no cinema.


7º: Gremlins (Gremlins), de Joe

Dante

Fábula ácida e quase-terror de bichinhos de pelúcia que sob regras violadas aparentemente inofensivas , disparam gatilho de monstruosidade, desobediência e subversão cruel...uma mostra eficiente de se us

ar o espírito de natal como um alerta sobre a educação das crianças no mundo moderno...cinema desmistificação corajoso e fundamental para produções importantes que viriam a seguir...(menos a horrível continuação)


6º: Edward Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands), de Tim Burton

TIM BURT

ON praticam

ente se torna imortal e referencia dark com essa pequena obra-prima...Johnny Deep torna-se astro e uma belíssima história bizarra com ares de Fraknstein é imortalizada no cinema, no qual todos os impensáveis Gadgest acoplados aos membros tornariam depois marca registrada do cineasta.

Quem não consegue ver atrás dos olhos de Deep o ser humano fantástico atrás do monstro ?


O Milagre na

Rua 34 ou De Ilusão

Também se Vive (Miracle on 34th Street)

O filme foi refilmado em 1994... Mas a força inusitada da primeira versão de Papai Noel entre nós tratado como louco e como a perda da inocência se reflete quando trocamos o Natal e todo o símbolo de união que ele propõe por mais uma data qualquer pode ser incriv

elmente nocivo...não só para uma pessoa mas para a cultura humana. Exagero?

Pode ser...mas quem discorda?


4º : Fanny och Alexander (Fanny och Alexander), de Ingmar Bergman

Utilizar-

se da festa de natal para expor as personalidades humanas tanto na sua excentricidade ou até na sua mediocridade, no olhar e fantasmas criados por duas crianças que são jogadas de um lado para o outro, vitimas de choques culturaias atravaes das gerações não é só genial...é viscer

al.


O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas)

Ao misturar dois mitos referentes a festividades (Halloween e Natal) e sob a tutela de TIM Burton de novo, Henry Selick que depois vem a fazer o também incrível Co

raline nos leva ao limite da fronteira da imaginação e da cultura estabelecida. O resultado é uma incrível fábula cheia de criticas ao simbolismo X essência. OP.

A Felicidade Não se Compra (It’s a Wonderful Life)

Baseado em um conto de Phillip Van Doren, é um clássico da boa esperança... a figura de um anjo que quer asas ajudando um homem a enxergar a sua vida sem ele, na eminência do suicídio não só é uma belíssima película , quanto é uma lição ...ecumênica sobre tudo. E uma lembrança de que o inimigo de nossa sobrevivência são nossa incapacidade de superação.

Feliz Natal (Joyeux Noël)

Natal em meio a guerra... como lutar ou matar pessoas em pleno dia de Natal?... as vezes o sentimento de humanidade perante a obrigação militar é superior..esmagador... baseado em um momento verídico em meio a primeira guerra... esse filme é daqueles que derruba qualquer coração... especialmente a parte do cantor de ópera que de peito aberto com um castiçal e faz o que poderia ser o último show...e consegue comungar 3 nações e celebrar o natal juntos.. Arrebatador ! Ponto!



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

RECORTE MELODRAMÀTICO (Análise sobre A CRIAÇÂO)


Entre a tentativa de dizer pouco para não incitar boicote e não dizer nada, melhor as vezes ficar com a segunda opção...è essa a impressão que se tem ao término de A CRIAÇÂO , filme da BBC que cita os dilemas existenciais e psicológicos de Charles Darwin...talvez a personalidade mais mportante da ciencia dos últimos tempos.
Apesar de conteudo suficiente para um filme a parte, a expectativa de um Thriler sobre discussões significativas no famigerado round CRIAÇÂO X EVOLUÇÂO, tão importante na cultura estadunidense, toda essa interessante polêmica foi deixada de lado, para se tratar da dureza de um um homem em superar a morte não de apenas uma filha e sim de talvez o único ser humano na Terra a entender a totalidade de suas intenções.
Belissimo enredo, permitam-me dizer, e uma quimica fantastica entre PAUL BETTANY e Martha West ( a filha em questão), mas que poderia ser atribuida a qualquer ser humano, e claro tratar Darwin como um ser humano como nós talvez seja mais para desdemoniza-lo aos conservadores criacionistas do que coocar teorias em discussão.
Era um filme sim, necessário a ser feito, infelizmente com o apelo dramatico escamotiado pela polemica científica.
Mas visto o tipo de espectador que dispomos, deve fazer o sucesso esperado, já que tais questões eticas e academicas só podem ser levados a bancos escolares se dramas humanos sejam avalistas.
Fica para um diretor mais ousado para colocar Darwin num patamar mais elevado e não sob um recorte melodramático.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PETER JACKSON X COFFIN JOE



Na decada de 70.. numa entrevista, JOSE MOJICA MARINS,o ZÉ DO CAIXÃO, revelava que estava mais fácil mandar o homem a lua do que no Brasil se fazer cinema...
Pois nobre senhor inculto, conseguiu a ferro e fogo, fazer com que seus filmes vissem a luz do dia... colando negativos e usando de seu maior talento: CRIATIVIDADE.
No outro lado do mundo, anos mais tarde, um baixinho barbudo seguiu uma especie de caminho análogo.
PETER JACKSON, usando tambem do que é possível alem de uma persistencia inabalável, e de amigos que emprestam uma pousada,faz NAUSEA TOTAL , um trash cômico de baixissimo orçamento.
Apesar de não serem conterraneos nem comtemporâneos, os dois tem fundamental importancia no cinema mundial...
JACKSON com seus filmes TRASHS riso-criativos, modificou a ideia de como se fazer efeitos especiais com arte e direção... Zé do Caixão não tão bem sucessedido , consegue colocar seu nome na história da sétima arte com um personagem originalmente brasileiro , com seu "TERROR COMPORTAMENTAL", aquele do qual a atitude assusta mais que a ação.
O que salienta a ligação entre os dois é que só o caminho do fantastico lhe permitiu expor suas ideias e a filosofia de sua arte... mostrando que o ser humano ,quanto ao bizarro, tem olhos secretos e curiosos, mesmo que não admitam isso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FORA DE CONTEXTO (Analise sobre FORA DE CONTROLE)


O poder da expectativa... ou sua dependencia para com ela..Sendo bem prático , é do que se trata o filme de BARRY LEVINSON , FORA DE CONTROLE, que chegou ao brasil direto em DVD com 2 anos de atraso. Isso porque o filme em si é um produto de expectativas: Elenco carregado de medalhões encabeçado por Robert de Niro sobre bastidores da industria do cinema.
O próprio Levinson leva no curriculo certo aval ( com o acido e providencial MERA COINCIDENCIA e um OSCAR por RAIN MAN) e isso parece pouco mas faz muita diferença no ambito de se conseguir patrocinios no cinema.
Mas como nada é como era antes, detalhes na vida cotidiana como uma meia quadriculada faz tanto efeito quanto um cachorro assassinado no final da produção, no que se diz respeito a expectativas de resultado. Um atraso, uma palavra e uma foto deslocada pode gerar um verdadeiro efeito borboleta nos numeros finais. Tanto em valores financeiros ou emocionais.
Contextualizar ja não basta. Deve-se coodenar a logistica de nossa vida moderna a fim de que : ou voce tem prognostico de tudo, ou vc deve ser o genio da politica e improviso.
Mesmo assim o inusitado acontece.E voce tem que estar pronto para o desmoronamento...

E há sim momentos icônicos suficiente no filme para essa leitura, porem tão superficiasl quanto as sessões demonstração em HOllywood ou na abertura de CAnnes.
Talvez seja por isso que o TITULO delate mais a moral da historia que o proprio roteiro.
Nunca estaremos com o controle...e mesmo que estivessemos não seriamos nós mesmos...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

OSCAR 2011 - EXPECTATIVAS


O que faria postar prematuramente as primeiras apostas para o oscar 2011? acho que uma certa insatisfação apra com o ano de 2010 e a sétima arte. Como a cereja do bolo as distribuidoras sempre deixam para o final, muitas produções que concorrerão ao oscar 2011 chegam ao Brasil no começo do ano que vem (e as vezes não chegam)
Mas , um pequeno processo de investigação é suficiente para passar o olho sobre algumas produções para sentir cheiro de oscar no ar. Vai então algumas impressões sobre quem provavelmente vai dar o que falar no ano que vem:


1) THE SOCIAL NETWORK : Talvez o filme mais urgente de todos, David Fincher usa toda sua estética publicitaria para carregar emoção necessária num nerd thriller, mas que provoca a discussão ética de um momento que gerações estão criando relações sob toneladas de pixels. Reflexivo como o cinema deve ser e distante como a internet quer ser.

2) The King´s Speech : Drama pano de fundo para arrancar emprego e premios para responsáveis por cenario e figurino, mas extremamete curioso por se tratar de uma trama de época, centrando sob a monarquia inglesa as vésperas da segunda guerra mundial. Uma especie de elo perdido do cinema entre a historia recente e valores ancestrais. Colin Fifth com a bola cheia, e um diretor(Tom Hooper) novato no Oscar mas experiente com o tema.

3) INCEPTION ( A ORIGEM) Produção de ficção cientifica que carrega o nome de Cristopher Nolan, ignorado pela academia pelo seu Cavaleiro das Trevas, recebe uma indicação que ganha ecos redentores da academia sob o desprezo do divisor que foi MATRIX. MAs apesar da pompa, é um quebra-cabeças que pode levar a maioria dos premios, mas sempre do ponto de vista tecnico.

4) 127 HOURS : Vendo Danny Boyle aqui é um alívio, mostrando que sua disputa contra Fincher que a princípio era de um cinema alternativo a 2 anos atras, mostra que os dois ganharam experiencia e Status para muito folego a muitas premiações num potencial tecnico. Pode levar a melhor de novo, pelo carisma que ele deposita em seu cinema e nos personagens que abraça... mesmo tendo um cinema mais "caseiro". Sou fanzaço dos dois!

5) THE KIDS ARE ALL RIGHT : Roteiro urbanissimo , das reflexões existenciais e americano rindo de si mesmo.. Potencial para melhor roteiro e algum elenco pode levar a estatueta, mas ja desce para um segundo escalão com relação aos de cima.

6) TOY STORY 3 : Dára trabalho, em todas as categorias, e provavelmente a de animção será dela. mas se a justiça se fizer, a pixar ainda está para ganhar o primeiro oscar de melhor filme para animação...mas não descarto suas chances e o poder da "Disney" por tras da candidatura.


Lembrando que isso aqui é apenas um prognostico sem ao menos ter visto a maioria. Isso que chamo de chutão!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O ESTRANHO E O ÓBVIO (Análise de: A CAIXA)


Confessarei o único motivo que me predispus a ver A CAIXA: o fato de ele ser uma adaptação de um episódio cult da série oitentista: Além da Imaginação (Twinlyght Tales) que por si só ja era uma adaptação de um conto de raiz moral de Richard Matheson ( responsável por ENCURRALADO, EM ALGUM LUGAR DO PASSADO, AMOR ALEM DA VIDA e EU SOU A LENDA e ), publicado na (pasmen) Playboy em 1970. Tudo isso ja seria bagagem suficiente para esperar no minimo uma solene homenagem a um escritor que indiretamente contribuiu para um cinema reflexão.
Entretanto tive um estranhamento (daqueles decepcionantes) de um filme que tentou adaptar e inserir signos sob a obra de Matheson e de certa forma deformando um pouco a essencia moral dos personagens.
O filme todo tem uma obviedae incomoda... pistas telegrafadas em demasia... ocasiões fantasiosas se contrapondo a razão...e um desenrolar humano aceitável mas não convincente.
Até aí tudo não passava de uma tentativa pouco feliz de se dar explicação a proposta habilmente roterizada no contexto original da serie . Porem o estranhamento estava justamente no nome do diretor : RICHARD KELLY... que após uma estreia cultuada com DONNIE DARKO e uma tacada corajosa e bem menos bem-sucessida com SOUTHLAND TALES , teria tentado um equilibrio com a caixa.
Instigado procurei ver o olhar de Kelly sob o filme...e então dei um pequeno crédito.
Visto a clara divisão das pessoas que viram o filme, Kelly mostra que o obvio hoje , a não é tão mais... e que o estranhamento é um mero ruido... temas como este de "BUTTON, BUTTON" de Matheson, são eterno e mais contundente no dia de hoje... que est mais voltada a oportunidade de se dar bem a custo do outro que vc não estaria emocionalmente envolvido...
Obvio e importante... por que trazer um tema de 86, sob metáforas aparentemente desconexas e niilistas, (como alguns fiulmes do proprio Shiamalan) bota Kelly numa lista de diretores preocupados com a dominação anonima sob nós... , da ordem mundial que usa de nossos problemas financeiros (criado por eles mesmo) como uma forma de elitizar o submundo.
nesse caso, a obviedade passa para o terror, nas suas mais discretas faces...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

FÁBULAS MODERNAS (ANALISE: TOY STORY 3)


O nome Toy Story não é só o marco zero da avalanche de sucesso da Pixar, mas sim uma especie de Totem símbolo do entretenimento virtual permitindo que a animação, sob o contraponto da fórmula Disney. um lugar na sétima arte...sem dever nada aos grandes classicos do cinema.
Se no PRIMEIRO capitulo da franquia, estabelecia-se os personagens e apresentava uma nova forma de ver a animação, com inteligencia e humor universais, e o SEGUNDO uma continuação madura e de criatividade impar, introduzindo novos personagens igualmente apaixonantes, o TERCEIRO consegue surpreender e emocionar, oferecendo um GRAN-FINALE de luxo aos brinquedos-icones...numa prova de respeito único , na relação criador-criatura.
Estou sendo exagerado..nada disso... exagerada é a obsessão da Disney, que depois de se unir justamente a Pixar numa tentativa desesperada de voltar a uma hegemonia perdida , impôs a repetição da formula que enriqueceu LAsseter e sua equipe, em TOY STORY 3.
Pois o criador dos bonecos mais famosos deste século colocou toda sua força no roteiro bem amarrado e na carga emotiva-familiar para triunfar mais uma vez...Enquanto outras franquias apostam no sucesso bidimensional do personagem, LAsseter quis que a saudade tomasse conta do espectador durante toda a projeção.
Tudo o que o cinema pode nos ensinar , e suas melhores fábulas, sem deixar o humor acido pós modernista, tempera a animação ...mas a cartada mais certeira é a de dar um momento , mágico e indispensável, para cada personagem na trama, levando ao climax da mensagem de que ninguem pode faltar.
Se a previsões apocalipticas forem verdadeira , e num futuro não teriamos eletricidade para que nossos netos pudessem ver filmes desta época... Ouviremos com certeza, entre uma historia e outra para dormir, a saga de bonecos que podiam pensar, tomar decisões e principalmente amar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

TARANTINO´S MIND

No embalo de minha ultima postagem, um Curta Brasileiro de veia puramente cinéfila, extremamente feliz em seu roteiro, edição e direçaõ, e a quimica Seu Jorge e Selton Melo impagável conversando sobre tarantino da forma mais tarantinesca possivel. Imperdível.

MARCEL!

Esse é o primeiro curta metragem que eu posto aqui, frances com legenda em ingles...mas não é tão dificil de ve-lo, mais dificil é encontrar uma perola tão geniosa quanto essa pequena aula do Diretor Jean Achache que expõe para o publico leigo a filosofia da arte conteporânea e o choque de valores que há entre o superficialismo da curiosidade cultural, frente aos miltantes da reflexão sob os talentos humanos. Confira

Marcel from Reel 13 on Vimeo.

sábado, 16 de outubro de 2010

SOB SEUS PÉS (Análise: A Prova de Morte)


Pés. Diálogos. A mulher superpoderosa. Vingança.Tudo isso é TARANTINO, em seu mais do mesmo. Porem em A PROVA DE MORTE, lançado no Brasil com desnecessários 3 anos de diferença e 17 minutos a mais, é mais forte e decisivo do que nunca, inclusive é uma confissão das origens do cineasta.
Cineasta sim...mais que diretor, um profundo conhecedor enciclopédico de cinema de todos os tempos e prova sob esse filme que tem o dominio completo da sétima arte, sem desmistificar seu estilo.
O resgate de atores com moral baixa ( KURT RUSSSEL dessa vez) é sempre uma tônica...que apesar de obediente mostra-se pouco incisivo ( mas Tarantino tinha uma cena para ele: um dialogo que culmina uma dança erótica) Climax-temática e tensa sob aspectos de pureza ao estilo Grindhouse proposto, uma impressionante mudança de plot inesperada, sob uma direção com rédeas curtas .
Outra surpresa é a intenção: Dois periodos expostos. O primeiro setentista onde o cinema oprimia a mulher como instrumento sexual, banal e até merecedora das mortes a serem propostas.
A segunda parte, retratando o hoje...a mulher que provocada, vinga-se sem escrúpulos. Naõ tem a mesma inocencia e postura indefesa.
E diversão pura, claro, fetiche e inovação sob rodas...trazer a midia atual o trabalho monumental de dublês de uma epoca que faziam manobras sem a trucagem digital, no qual seus trabalhos eram risco de morte é uma proeza e um custo que só Tarantino tem cacife e coragem hoje em dia para resgatar...todas autenticas , incríveis..e mais modernas.
Apesar de dialogos extensos pela proposta retalhada, nada como uma duble excepcional atriz, e um Tarantino sob dominio da diversão cinéfila para fazer de A PROVA DE MORTE um filme história que nem das presenças incovenientes de Eli Roth e Michael BAy estragam a mais nobríssima e doente intenção de Tarantino.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AÇÃO ENTRE AMIGOS ( Analise de O Imaginário Mundo de Dr Parnassus)


Pouca coisa do Terry Gilian, não é Terry Gillian. Até mesmo seu sucesso mais comercial "Os Dozes MAcacos" inspirava seu imaginário para Gadjets e mundos inexistentes. Faltava-lhe um no qual ele pudesse criar sua "FAntastica FAbrica de Chocolate" , perante tudo que a computação gráfica pode oferecer. Em "O IMAGINÁRIO MUNDO DE DR PARNASSUS" Gillian estava para fazer talvez sua obra prima e trazer ao publico moderno praticamente um remake anabolizado de "As Sete Faces do Dr LAu" onde moral e efeitos especiais se uniam numa fábula contrastando moderno e antigo.

Sob essa mistura... Inumeros icones de confronto de gerações se estabelecem, a função do entretenimento é debatida e as verdadeiras faces do altruismo regadas a um humor Ingles , dão o calderão de um filme urgente.

Porem , a infelicidade de um dos atores fundamentais da trama , Heath Ledger, ter falecido provocou uma ferida em toda a estrutura do filme do qual insistiu em existir por conta dos amigos do falecido: Johnny Deep, Colin Farwell e Jude Law.Todos esses fazendo outras facetas do multiplo personagem de Ledger.

Ao final da fita, percebe-se as ataduras que tiveram que ligar a trama...mas apesar do possivel desastre a proposta do filme, que é multi referencial a dramaturgia e as grandes tragicomédias, revelou um trabalho no qual deveria ser visto, com uma mensagem muito maior e mais ampla, tal qual é a de seu outro filme: As aventuras de BArão de Mintchausen.

Há um grito de socorro em Gillian , a algum tempo.E nunca um filme foi tão explicito quanto a isso: "Se eu parar de contar histórias , o mundo se acaba". E a emocionante constatação da complascencia com a morte de Ledger, quando citam James Dean e Marilin Monroe...se referindo aos que "a morte cedo te imortaliza jovem"

Impossível não deixar de mencionar Tom Waits , no qual rouba todas as cenas com seu Diabo imperfeito e extremamente carismático.

Por cima das multiplas lições que Gillian nos traz, a melhor é a que o proprio recebeu... Há inumeras formas de se conceber uma obra, mas as vezes é melhor deixar que o destino a conceba.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PADECER NO PARAÍSO (Análise : Mother)


MOTHER é um filme sobre obsessão como muitos e como poucos. Sai da premissa de que o amor de mãe pode passar as fronteiras da moralidade, a ponto de atitudes terriveis, e discute que tal sentimento é tão desprovido de razão quanto uma pessoa que nasce sem tais faculdades.

Já no primeiro plano, o diretor Bong John-ho, nos adverte que o filme tratará de comportamento, levemente bizarro e que seria bom esperar tudo e de todos, brincando com a possibilidade perante a anormalidade.

Varios dialogos tambem nos remetem de que "morais pre-estabelecidas perderão sempre para o improviso" e que ainda a tua aparencia faz link com sua moral, pelo menos para as pessoas.

E de surpresa em surpresa, uma sexagenaria sul coreana torna-se uma das mais improváveis detetives dos ultimos tempos. Pela ocasião. E isso faz com que o trabalho de John-ho ( que filma sem malabarismos mas com precisão cirurgica) tenha maior ressonancia com LEMBRANÇAS DE UM ASSASSINO do que O HOSPEDEIRO , dois outros grandes trabalhos.

Sobre tudo, por mais que se trate de mais uma história que apela pro sexo e a violencia, tema este que garante o espetáculo da imaginação. O filme é menos exagerado e até solene. Adequando o olhar de respeito e conivencia as atitudes de uma mãe que mistura durante toda a projeção, proteção e culpa.

O roteiro é tão fechado que quase funciona como uma orquestra, e o movimento tem um ritmo suave e firme... como um conselho ...E apesar de se estabelecer sob uma cultura oriental... tudo é intimo e familiar.

Sob o olhar certo, o final pode ser pessimista e arrebatador, mas sobretudo o mais realista e coerente no que diz respeito ao que a vida reserva para as mulheres que a seguem , sob a unica certeza que lhes apavora e afaga: sua natureza progenitora.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SEGREDO DE LOS HERMANOS (Análise de O Segredo de Seus Olhos)


2 X 0 para a Argentina... no Oscar... e o Brasil joga as fichas no beeem mediano filme do Lula...triste. Por que O SEGREDO DE SEUS OLHOS é um golaço argentino... de um potencial craque do cinema mundial Juan José Campanella. E é claro que a pontadinha de inveja rola em ver que o reconhecimento pelo filme atingiu niveis mundiais...
A explicação se deve a transformação que Campanella teve ao longo de sua carreira, e suas participações em séries americanas, foram estágio suficiente para adquirir um ritmo de filmagem que o permitiu fazer de "O SEGREDO" Um filme de vários generos em um só, com ordem e eficiencia.
Sem telegrafar demais, e sem mostrar de menos... ele tem a intensidade correta típica dos filmes de ação mas com uma direção de atores que conduz uma espontaneidade quase palpável. Devendo claro a excepcional atuação de Ricardo Dárin, seu ator escudeiro.
Com tantos momentos de puro apego sensorial junto a diálogos afiados, o que se destaca é uma fiel declaração de amor ao futebol amarrada no roteiro para no final discutir o papel da paixão nas nossas vidas, tanto no lado doentio quanto no que se diz respeito a função dela para manter-nos vivos. (Uma cena em plano sequencia num estádio de futebol que Brian de Palma ficaria de cara)
Por fim o resultado é um entretenimento acima da média, que não ofende, e não apela para politicagem regional ou reitera o heroismo latino frente a opressao do hemisfério norte. Nem a estetica da fome disfarçada em filmes-favela.
NO final o segredo é não ter segredo.Basta cumprir a que se veio...só isso..
E não é de hoje que sabemos, que, tanto no cinema quanto no futebol, jogar simples talvez seja a melhor estratégia para a vitória.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

URGENCIA EM GRAVIDADE ZERO (Análise : A Origem)


Nolan é indiscutivelmente a bola da vez . Firmando-se como sinônimo de bilheteria com a franquia de Batman , presenteando inteligentemente co "O GRANDE TRUQUE", ele arrisca o roteiro solo (até então todos tinham parceria com seu irmão Johnathan) que vinha se desenvolvendo a 10 anos, e agora ganhou moral e cacife para investir no projeto.

Nada funcionaria nesse quebra cabeça adulto se não fossem os atores envolvidos... Di Caprio se especializando em personagens de ação-cabeça-cheio de complexos, e Gordon -Lewitt e Cilian morphy que sem pirotecnia fazem personagens solenes e fantasticos.

O resultado é um filme de ficção cientifica acima da média, apesar da estrutura narrativa não diferir muito de um filme de "roubo " e muito da aceitação popular do filme se deve a MATRIX .

Os efeitos especiais são impressionantes, e a fotografia cuidadosa como sempre colocará Nolan na ponta do oscar ano que vem...

Mas apesar de tudo tem algo que não consegue me entusiasmar no filme... ainda não sei o que é... talvez por certas preocupaçoes desnecessarias de Nolan colocar uma trilha sonora extensa e cansativa , praticamente no terço final ( e isso dá uma hora de cansaço)... Ou pelo prólogo tenso, ou por tentativas frustrantes de humor fora de timing...

Ou até mesmo por não ser uma ideia totalmente original ( Tem uma história do tio patinhas de 2002 que é incrivelmente semelhante , que arranha no plágio)

Ou ter perdido a grande chance de explorar a critca politica quando propoe que ideias´podem ser colocadas de forma sublimar nos inconscientes, a fim de gerar nas pessoas atitudes pelo qual elas pensem que são idias delas...Neurologia pura desprezada na bagunça editada fora espaço tempo.

O que me incomoda mesmo é a vontade de ser complexo de Nolan e fazer parecer natural. Ou empurrar uma trama cheia de esconde-mostra, feito uma criança que tenha inventado um labirinto, puramente para mostrar suas habilidades intelectuais.

Há de se reconhecer a melhor cena de gravidade zero de todos os tempos, ma snão precisava o roteiro sair sem o peso da urgencia

O bom é que ele consegue um publico grande para suas grandes pretensões , o que acaba faltando dinheiro para porcarias do mercado cinematografico moderno.

Mas as vezes um diretor tem que mostrar simplicidade para se mostrar maior... vale aqui a sabedoria de Nitsche "Voar muito alto só te fará parecer pequeno"

Entretanto se tudo isso lhe der um reconhecimento pela obra, e de quebra um oscar para Di Caprio...tá valendo...

Fica a ironia que Nolan foi vitima da "Inserção" que o cinema planta em mentes ambiciosas, e acabou filmando um quebra-cabeças de tudo que aparentemente é inteligente e cult nesse ramo...MAs quem realmente tem ideias originais e competentes era o Irmão.

A unica ideia ao subir dos creditos que realmente foi inserida é de que: um quebra cabeça resolvido perde a graça.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O BELO CINZA E MARROM (Análise:Mary e Max)


É impressionante o quanto um bocado de massinha deformada é capaz de fazer em nosso inconsciente coletivo ,e contar com honestidade a improvável (mas não impossivel) a amizade entre duas pessoas que podem estar escondidas em algum canto da nossa sociedade.

MARY e MAX é uma aula de que a humanidade em qualquer época sente-se desolada e abandonada quando percebe que a perfeição e os caminhos fáceis não estão em seu curriculo histórico. Usando dos mais obsoletos principios de comunicação virtual: cartas e maquinas de escrever, dá uma lição a todos que ignoram o passado, e o motivo pelo qual a própria internet existe : a solidão. A falta de compartilhamento. A necessidade quase fisica da amizade.

Nem a computação grafica estonteante e tridimensional da PIXAR consegue tal efeito.

Mary que cresce com a correspondencia representa todas as formas de traumas que uma criança sofre quando os pais simplesmente ignoram a sua existencia. E Max , mais velho , mas não menos abandonado, tenha sobreviver de seus proprios transtornos, e por não conseguir expressar sentimentos e emoções, lida com elas como se fossem doenças.

A todo momento ,sob lista incontavel de angustias , a "dasanimação" grotesca feita em dois mundos mais tetricos do que um dia Tim Burton poderia lembrar ( O mais perto da direção de arte que me fem a mente é Bicicletas de Belleville) o humor negro quase é esmagado pela desolação dos personagens, que acima de tudo são honestos, altruistas ,mas tão esmagados sobre as desventuras, que nenhum dos sonhos e riquezas comuns a meros mortais como nós , deixa-os satisfeito. Combinemos que não chega a ser uma aberração desumana se entupir de chocolate para aliviar as mágoas.

A bizarra sorte que a vida lhes proporcionaram lhe deram um unico presente. O valor de sentir-se amado pelo que é. Coisa que só uma verdadeira amizade, sem vinculo familiar pode proporcionar.

E como não se emocionar com o final óbvio nesse tipo de filme? O amor não é obvio? Só o aprendizado estar partindo de massinhas quase estáticas deformadas cinzas e marrons é que não é . Esta ai a beleza.

sábado, 28 de agosto de 2010

ESTÉTICA DO DESEJO (Análise: Direito de Amar)


DIREITO DE AMAR é um filme GAY...com tudo de positivo que essa palavra pode trazer: sensibilidade, estética, bom gosto, coragem... e ousadia acima de tudo...principalmente quando o diretor é um estilista de origem e se vê capaz( e isso sem duvida) de entrar no exigente jogo que o cinema propôe.
Apesar do trailer e o titulo mexicano esconder de forma injustificável, TOM FORD não esconde nada do primeiro a ultimo minuto do filme...e mostra que conhece mais do que ninguem a cultura da imagem...provavelmente dos anuncios publicitarios no qual dirigiu... e com a pressão estetica pelo qual sua vida toda permeou.
O resultado... alem de ser fotograficamente maravilhoso... é cirúrgico e eficiente...( com cores de "A Um passo da Eternidade") girando em torno de atuações apaixonadas...começando por COLIN FIRTH ..que aponto de passar pela carreira como um coadjuvante de luxo, finalmente tem um personagem pelo qual será lembrado pela história cinematográfica.
É claro que atuação de apoio inflaciona o filme: principalmente de Julianne Moore(A risada ABSURDAMENTE GOSTOSA dela tem a força de um furacão) que com EXPLENDIDA atuação ( sorte de FiRth ter poucas cenas com ela juntos) é prova definitiva que deveria ter na prateleira uns 3 oscars. E que isso só não aconteceu devido ao Oscar "gay" depositado por MILK no ano antecessor.
A mensagem mais interessante de todo o filme está no contexto... todos envolvidos(desde o autor do livro no qual é baseado o filme) estão tomando o presente como se fosse o unico tempo a disposição (É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã?)como se o futuro não existisse ou não importasse. Há muito a se aprender com competencia , sobre todo mundo.
E que o hoje , não tem espaço para preconceito: nem na sexualidade nem no cinema, o que faz de qualquer expressão uma marca da humanidade.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

TORTO POR LINHAS TORTAS (Análise: Vicio Frenético)


Imagine Nicolas Cage andando como se estivesse empalado...imagine anfíbios sob sua espreita.. imagine um espirito recem-desencarnado dançando break...filme de Linch? não ...bateu na trave: Herzog.Que consegue a façanha de misturar todos esse ingredientes de forma verossímel, sem você achar que esta tão chapado quanto o protagonista. VICIO FRENÈTICO é um remake base... a estrutura tradicional de um filme policial é deformado por um Cage torto, sob morais tortas , sob o certo em linhas tortas...Fazendo rima com seu filme anterior: O SOBREVIVENTE, Herzog quer testar os limites humanos, o primeiro sob a crueldade da natureza, e este sobre a dor e a corrupção...E a ambientalização, não deixa de ter aquela sujeira constante, imprimida pela amoralidade e a marcação de camera que mesmo aparentemente atropelada para centralizar nosso personagem tem dominio e eficiencia...
Agregue tudo isso a um contexto franco de New Orleans , que se mostra tão destruido ,num pós-Katrina quanto o proprio destino de nosso anti-heroi, num trabalho constantemente tenso lembrando o cultualizado CORAÇÂO SATÂNICO.
Enquanto Eva Mendes assiste passivamente o filme dentro dele...Herzog arranca de Cage o ator que de vez em quando ele esconde... e isso é claro desde o inicio, o que não nos enfadonha em nenhum momento... ao contrario...poucos atualizam um filme sem fugir do seu estilo nem da expectativa dos fãs de filmes policiais.
E quando tudo poderia descambar em clichê..é o próprio clichê que salva nosso herói,numa amostra absurda que o acaso tem seus truques para que tudo caia em final feliz...ou não passa de mais uma projeção de neurônios destruidos ? Ou um genial roteiro nos ensinando que só a ficção nos tira da água no pescoço...a repetição dos acontecimentos e as coincidencias exageradamente felizes, não entregam essa versão...MAs essa é a discrição que prova que cineastas com nome não precisam atirar na vala comum da midía para prestar seus créditos a favor de pagar suas dividas , e dar um nó na cabeça dos patrocinadores... É a ficção salvando todos nós da mediocridade.
O torto por linha tortas é o certo: Ainda cabe arte até na aberração ...moral ou fílmica.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

COM OU SEM SENTIDO (Análise:Um Homem Sério)


Há tantas sub camada para uma análise mais dedicada de UM HOMEM SÈRIO, filme dos irmãos Coen,que mesmo sob uma esfera superficial fica difícil ser direto.Basta começar a dizer que os dois exploram o que de melhor há neles :o roteiro do pesadelo ou a comédia humana dos erros. Apesar de contextualizar nos anos 70, o tema educação-religião-caos familiar faz parte dos fantasmas modernos americanos.
Assim como em "Onde os Fracos Não tem vez" o filme é dois em um: No plot da desconstrução conta-se o absurdo de um pai de familia que se vê perdido em sua existencia vendo a cada minuto sua vida desmoronar, de uma maneira tragicomica...enquanto seu filho se apronta para a cerimonia de iniciação judaica enquanto tenta recuperar um seu head fone e pagar seu fornecedor de "certa erva". Nda disso é claro, apesar de estar concorrendo a melhor filme do ano passado , infelizmente, tinha força para a avalanche tecnica de avatar ou o contexto atual de Guerra ao Terror.
Mas é sempre prazeroso curtir o estilo inigualável e cada vez mais ousado, as surprsas e ironias , (por vezes perfeitas e outras mediocres) conduzem a uma comédia de humor negro que te deixam nervoso e perplexo . è claro que sendo eles idolos Nerds é bem capaz de muito critico evitar falar que não gostou ou não entendeu...
Mas o cerne é esse..perplexidade perante o trivial...como um bom pesadelo... (ainda acho que a história passa por alguem que não acordou)...
MAs em uma segunda estancia a critica perante a aposta voltada a fé (sob temas judaicos) e que de certa forma vivemos sob uma aleatoriedade de venturas perante o divino remete a um Woody Aleen non sense.. mas não se engane: Pregar peças no expectador faz parte dos roteiros dos Coen, e não seria surpresa nenhuma que o excesso de elementos extravagantes é na verdade uma grande piada em torno da tentativa de ver sentido onde não há sentido nenhum.

domingo, 8 de agosto de 2010

BOMBA CALÓRICA (Análise: O Famoso Destino de Amelie Poulain)


Quando penso em parar de escrever por aqui, gratas surpresas...esse ano tenho recebido convites a comentar sobre alguns filmes...o que é complicado visto que expectativas acabam mais atrapalhando que ajudando, e quando ama-se um filme e ele é massacrado por alguem é tão ruim quanyo ao contrario. Mas longe de inserir culpas, o desafio de assistir O FABULOSO DESTINO DE AMELIE POULAIN após quase uma decada de reverencias e retaliamentos , e analisa-lo sem o ruido da época, é no mínimo um desafio.
O que é bom ressaltar que ele deixou de ser um filme francês, e muito rápido, já que ele se comporta hoje como uma obra icônica na sétima arte. O "senão" da vez é : Para que lado devemos olha-lo.
Sob o contexto de 2001 é facil entender a popularidade do filme de JEUNET. Arriscava-se o cinema-propaganda ,onde tecnicas usadas em publicidade aliada por uma metalinguistica narrativa e um roteiro fabuloso (de fábula) criavam um sentimento ingênuo e revigorante de de justiça,sentimento esse apegado ...a nada.
Cada linha explora nossos neurônios numa caça a familiaridade dos personagens enquanto a estética e a condução narrativa te distanciam dos sentimentos nobres tradicionais e te convidam a um senso de justiça, seduzem por imagens retiradas do inconsciente coletivo( como os microssegundos iniciais que telegrafam Poulain vestida de Zorro).
Nossa Poliana moderna não existe como ser humano: é nitidamente um personagem que parece ter uma psicopatia em decidir em levar o "bom" para os outros, sem o menor escrúpulo, sem nenhum instante de reflexão de se essa ação faria o "bem". Uma confusão comum para quem não tem o habito de pensar.
`E tudo o filme nos faz acreditar que é o melhor para todos...claro...como não torcer para alguem tão parecido conosco? Neurologia explica.
Portanto AMELIE é uma maquina de felicidade ,sem reflexão, ela por ela... um filme para ver e sair feliz...o entretenimento na sua pior faceta: aquela em que você COMPRA o filme.
E Jeuneut não havia inventado nada:segue com metodologia impressionante a cartilha da pulblicidade : uma receita contra rejeição. A dicotomia eterna Embalagem X Conteudo.
Perceba os dramas reais tratados como patéticos e insensíveis.
E o que mais assusta? -Eu adoro Amelie Poulain..!!!!
Tenho suas musicas no MP3, o filme em casa, e me faz muito bem passar os olhos naquele VERDE-SELEÇÂO e da figura monstruosamente encantadora de Audrey Tatou na capa como que diz: -Posso salvar você tambem, se voce quiser. Isso é assombroso!
Bomba calórica escondida atras de puro açucar?
Antes que você veja chifres saindo da testa da foto postada acima e que um de nós saia para colocar fogo em tudo que é locadora, é importante que vejamos toda essa discussão como saudavel. Essa armadilha só um bom filme, de direção,atuação e edição "fabulosos"(de excepcionais) é capaz de realizar. Por isso foi muito bom reve-lo e comenta-lo distanciado a quase uma década.
E melhor ainda ter a sensação de final feliz ao concluir que você está diante do que é tudo de mais nocivo do cinema americano escondido sob uma cobertura do que é mais delicioso de um filme francês.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ALICE IN BURTONLAND (Análise: Alice no País das Maravilhas)


Um classico de literatura adaptado para cerca de 30 filmes e milhões de edições no mundo todo devia virar religião. Alias , como diz Humberto Eco é quase masis importante que "a religião". Burton diz em suas entrevistas que viu cerca de 30 versões para chegar a ALICE do seu jeito. Mas cá pra nós, acho que só a versão Game-gótica lhe interessou, e infelizmente a mais fraca de todas.
Na dúvida de refilmr entre os dois livros de Caroll(que tem mais fábulas que o proprio livro) e fazer uma espécie de continuação ele resoveu fazer os dois, provavelmente negociado com a Disney que era dona do dinheiro.
Como todas essas idéis eram muito para o caminhãozinho criativo-narrativo de Burton, o resultado trouxe apenas uma versão mal-humorada, anti-didática e quase-constrangedorta do que foi alice.
Burton e outros diretores vivem a época de mostrar mais que cinema, e sim o fetiche autoral dos que ainda "perdem" tempo em ir ao cinema.
Não leve a mal meu diagnóstico. Visualmente até cumpre-se a expectativa (salvo o robô que ficou crispin glover e a pouca intimidade ao 3 d de Burton), mas Alice tem cargas psicológicas mais importantes do que foi apresentado.
Burton tem claramente o dominio visual ,e chega a irritar ao convocar ( mesmo que sejam grandes atores e tem uma relação simbiótica com Burton) Johnny Deep e Helena Bohan Carter... como se cinema fosse trupe de teatro. Infelizmente ele boicota seus proprios coadjuvantes colocando Anne Hathaway numa patética Rainha Branca, que mais parece imitar Jack Sparrow com roupa de debutante.
Minha filha que pouco conhece sobre Alice, teve até o prazer de ver ], sem trilha nenhuma a genial passagem em que Alice ( com 19 anos desmemoriada) tenta entrar como no livro, na porta pequena, procurando um jeito entre beber liquidos que encolhem e alimentos que crescem. Pelo menos isso é uma passagem universal, e poucas das alusões verídicas ao livro.
Mas ao invés da tematica é mostrar para Alice o mundo da maturidade como fez Carol, Burton resgatou Alice do mundo real para salvar a Wonderland de sua estupidez: Inversão pura dos valores, que se registra na cena em que a Rainha Vermelha ou Copas(não ficou claro) ela pega um flamingo para jogar criquete ( Megalomania Disney resgatando seu famoso desenho).
E mais absurdo é explicações realisticas ( tumor para deixar cabeça grande? ou Mercúrio para deixar chapeleiro louco) para explicar o mundo de Caroll.
A ompressão é que o devemos desistir do cinema em favor de outro entretenimento do gênero, antes que as crianças assistam daqui a 10 anos refilme-se Alice em cima dessa versão. o que só colocaria mais besteiras ao molho da subversão medíocre.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

CAPACIDADE DE IMERSÂO (Analise: A Estrada)


Livro importante , filme importante. Cormac McCarthy,que ja tinha escrito o magnifico(e ainda preferido Onde os fracos não tem Vez) escreve sobre a humanidade como Saramago mas não do jeito dele.Inventa um mundo apocaliptico para nos dar uma mensagem de esperança pelo seu viés.O filme-livro A ESTRADA dirigido por JOHN HILCOAT e protagonizado por Viggo Mortensen que tem se tornado, a vistas grossas ,um dos mais importantes atores de sua geração.
O livro dificil de ser escrito não se transfere ao filme que acaba sendo facil de ser filmado ao ser fiel mas dificil de ser decupado pelo seu roteiro. Um pai sem nome carrega seu filho sem nome com duas balas no revolver pela estrada na eminencia da fuga do suicidio coletivo perante a maldade e desesperança num mundo sem cor e arvores. Desolação completa salvo a algo brilhante intenso e irresistivel : O amor de um pai e o brilho dos olhos de um filho de alma pura,que embora só conheça as sobras do mundo que herdou, é o unico que estimula-se a nobreza e a beleza, numa clara lição da humanidade em nós.
Hilcoat apenas não quis interferir no quadro mental criado por Mccarthy, e assim se não fosse os atores nada de importante seria passado.
O livro nesse aspecto propoe maior imersão por parte de quem aprecia, e talvez por isso o filme fique enfadonho em gerações "com tudo na mão"...mas uma coisa é certa: nada em voce fica impassivel depois da experiencia.
Curta e fundamental é a passagem da mãe registrada por Cjarlise Theron, que simplesmente abandona ao pai o legado do amor:clara metáfora a familia moderna cuja mulher perante ao perigo primitivo é a primeira a desitir da vida de desventuras.
Não se engane. O apocalipse de A ESTRADA , onde meias familias caminham para o obscuro e a juventude ensina valores do amor acima da relação pais filhos começaram muito antes de ser percebidos por novos genios da literatura.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O OGRO RENDIDO (Análise: Schrek 4)


Esse é o post mais corajoso dos ano...tive que reunir forças para faze-lo...provavelmente serei linchado, pela seguinte confissão: NUNCA GOSTEI DE SCHREK!
Nunca o perdoei por ter vencido o primeiro Oscar de animação contra Monstros SA da Pixar (que ao lado de Ratatouille e Os Incriveis, é uma Obra Prima).Mas não só por isso o pseudo-Hulk tinha minha desaprovação. A série , filme após filme , era uma espécie de CAsseta e Planeta Yanke... onde a boa, mas desonesta, premissa de um monstro de coração bom, ser o heroi contra a perfeição aparente dos contos de fadas, numa tentativa de desconstrução , aos meus olhos soavam como um rolo compressor em cima de tudo que foi construido no inconsciente coletivo, numa clara tentativa de abocanhar as crianças que a Dysney não conseguia envolver. Pura contra-cultura fortuita.
A Propria Dysney havia experimentado com os excelentes Lilo e Stitch e A Nova Onda do Imperador, um novo caminho, rindo dela mesma.
Pois os executivos da Dreamworks viram a fonte de seus milhões secarem, e deram a cartada final de seu heroi sob o filão da tecnologia 3D , numa prova que uma piada que se sustenta sob a obra de outros acabam virando por si só a piada das gerações seguintes.
E dado a isso, os roteiristas não tiveram outra alternativa em voltar ao velho cinema de verdade e desistir de usar referencias pop, misturar desenhos classicos a Trilhas modernas, e jogar O Verdão para um mundo alternativo, onde não há paródias a não ser de seus filmes anteriores.
Ali a verdadeira fabula , bem a estilo de FRANK CAPRA acontece, uma estrutura narrativa se faz interessante e SCHREK 4 ou SCHREK PARA SEMPRE se rende a um verdadeiro cinema.
E por tudo isso , sob a mensagem de amor e sacrifício a familia, esse é o unico filme da franquia que merece ser visto, por todos... numa prova que o mundo alternativo na verdade eram os filmes anteriores, onde desrespeito é considerado inovação e que piadas de mal gosto a custas do trabalho honesto só tem um destino: Ficar datado e esteriotipado como um infeliz momento em que por uma jogada de mkenting conseguiram enganar o mundo por algum tempo.
Que a Dreamworks engula seus milhoes e deixem a Pixar cuidar de nossas crianças...por favor!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

TÂO COLORIDO QUANTO BRANCO (Analise de UM OLHAR DO PARAISO)


Não podemos esquecer que a arte da pintura é muito anterior a fotografia e consequentemente ao cinema.Todavia, em todas elas a semiótica e signioficado das cores (e a ausência) delas acompanham e são fundamentais para até para se passar uma história, e em certo casos a unica solução.
Pois o "pintor" PETER JACKSON enxergou no livro "THE LOVELY BONES" a possibilidade de fazer seu quadro vivo: UM OLHAR NO PARAÌSO. Trabalho este que esteve sempre presente, desde seus cultuados trashs da decade de 80, e os milionários SENHOR DOS ANEIS e KING KONG...mas é nesse filme que ele tenta usar todos os recursos visuais e CGI´s possiveis para transportar uma melindrosa historia de terror-familia-romance-drama. A tentativa de mostrar o mesmo impacto de AMOR ALEM DA VIDA o roteiro foi asseptico e na pior das hipóteses surgiu uma mistura de OS ESPIRITOS e ALMAS GEMEAS, numa triste sensação de mais do mesmo. É verdade JACSON nunca se sentir podado em mostrar seu lado piegas e cafona em alguns filmes. ( é só lembrar da dança no gelo em KING KONG)
Apesar do apuro fotografico , fazendo este o mais limpo de seus filmes, e quase asseptico...ele consegue tirar alguns momentos interessantes do bom elenco sob fiapos de dialogos,mas ao estender certos momentos dramáticos ou romanticos acabavam por jogar muito nas costas dos atores para escaparem do poupurri de clichês.
Para não ser tão cruel com a pelicula, podemos atribuir a escolha do tema pouco propicio para achar um bom fio conduitor da história...
O filme sempre promete mostrar e acabar por tirar o pé no climax: na dor da perda que vira um quarto sem arrumar e no crime hediondo que termina num gorro colorido cheio de sangue e num desfecho sem açucar para o fim do assassino que durante todo filme foi cultuado para ser digno de repulsa e de um castigo bem cabeludo.
Pode ter acontecido algo com Jackson , parecido com o que sentiu MEIRELLES com o seu ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA , na pós produção que descobriu que os caminhos da literatura passam por outro lugar no cérebro do que as exigencias visuais de hoje, e que "Morrer (sob tons lindos e aventuras incalculaveis ) é melhor que viver (sob cores cinzentas e sofridas)" talvez não seja a mensagem que o mundo queira ouvir hoje.E que colocar mais coisas para consertar voce consegue apenas errar mais.
Vale as aulas de pintura aqui como lição para tudo: " Muitas cores misturadas de uma vez , só faz voce conseguir uma mancha branca"

domingo, 13 de junho de 2010

INVESTIR NOS RÓTULOS (Análise sobre PRECIOSA)


Quando trata-se de cinema independente(onde os bons roteiros tem que se acostumar em ficar) Hollywood passa quase discretamente por lá,sob markenting de boca a boca e tem muitas vezes superestimado produções. E è claro que numa avalanche de produções, uma e outra aparece acima da média.PRECIOSA é um desses casos. Graças muito mais a atuação e direção que amenizaram o turbilhão dramatico, que se não tivesse a estirpe de "baseado em fatos reais" era bem capaz que fossemos um tanto incrédulos para com a existencia de uma personagem tão sofrida e ao mesmo tempo tão esperançosa.
E é justamente o tom médio de emoções,jogando para a extrema fantasia quando a realidade é bruta e trazendo para a vala comum quando aparecem os atores glamourosos ( Ben HArper e MAriah Carey), que agrada a produção.
O mundo paralelo criado por Preciosa muito lembra "O Labirinto do Fauno" e o roteiro não foge muito a dramalhões mexicanos. MAs a interpretação e elementos de cena,baseado na futilidade de uma educação parca e expondo a creche social a que submetemos nossos adolescentes forçados a sobreviver para tornarmos consumistas abandonados a nossos traumas e violencias domesticas,traz de forma muito dura, a existencia de dores pessoais para muitos inimagináveis.
E nisso o diretor Lee Daniels abstraiu sensibilidade de sobra para que o filme não caisse no descrédito.

A impressão que se dá, sob cores triunfantes na estetica da miserabilidade moral, que há mais vontade de viver nas pessoas que são castigadas constante e inocentemente do que naquelas que nascem num tedioso berço de ouro.

Tal exposição das mazelas humanas sob lares de quatro paredes, assusta... principalmente pelo potencial que o cinema tem em aproximar num momento nós a essas pessoas para logo em seguida coloca-las na estante da memória como se tivesse passado em um circo de horrores para nunca mais entrar. Ou até nos expor para um proximo filme de maiores crueldades?
Visto as atuações sinceras e totalmente mergulhadas, num concurso de quem mais se despe das vaidades,o filme que traz uma aura de transcender rotulos. mas talvez apenas precise investir neles.Por exemplo:-ele pode ajudar a nós reconhecermos "PRECIOSAS" ao nosso redor? para que? e por quanto tempo a nossa misericódia para com essas pessoas dura?

Talvez só até a hora que as luzes acendem e vamos para casa saciados de guloseimas e de uma pueril gentileza para com o próximo. Honesta mas distante.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O MORALISTA FRANCÊS (Analise de UM AMOR SEM ESCALAS)


Confesso que ultimamente tenho ido pouco ao cinema... muitas estreias eu espero para ver em casa, de filmes inclusive que apelam para o meu cinefilismo de sala escura. O cine 3d tem até me provocado curiosidade, mas ...passo. E se vou procuro horários que ninguém vá..e passei até um ano com um hobby esquisito de procurar entrar em cinema vazio. Tudo por aversão aos comentários de saida: "não gostei, não entendi, achei chato." Frases que cortam meu coração perante a muitas vezes um filme inesquecível.
E no instante que bati com George Clooney em AMOR SEM ESCALAS, me identifiquei..(em comportamento) ao seu personagem, que deliberadamente fugiu do relacionamento com as pessoas para viver atravessando o país , contratado para demitir pessoas.
Seu metodismo e obsessão por milhas o caracterizam como uma pessoa feliz por não levar nada alem de seus pertences pessoais. E ainda dá palestras motivacionais de como se libertar de compromissos tentando provar a si mesmo do sucesso de sua escolha de estilo de vida.
Entretanto, quando sua profissão pode ser substituida pela tecnologia , e ele encontra finalmente uma versão femina de seus princípios... seu castelo de areia desaba e ele começa a se perguntar se não havia fugido demais da vida.
Dois momentos parecem derrama-se me vida: A festa no barco e o casamento de sua irmã.O restante é uma tentativa de se sofrer e se sorrir.
O filme datado a atual situação financeira nada mais é do que mais uma tentativa de lição moral de Jason Reitman, que vê no cinema como estudo ´sobre o homem moderno, seus novos comportamentos frente ao tempo presente, e focando no homem e seu vazio quando estruturado por valores que ele nem mesmo entende por que adotou. A mensão justa ao filme de AMELIE POLAIN é uma referencia ao ponto de vista frances no qual o diretor é claramente influenciado.
A narrativa lenta e previsível faz desse seu filme mais convencional. NAda agressivo e incorreto...apenas ilustrador...sob montagem limpida e correta.
De certa forma o filme entra ecos no bom O MENSAGEIRO (com Ben Foster) sobre a idéia do tutoriamento de um vetereano para uma pupila em informar tragedias,um do lado da guerra, outro pelo financeiro. claro cada um com sua força dramática.
MAs não se engane...Reitman nos seus filmes é franco-subversivo e quase um promotor, que por profissão acusa novos rumos morais da sociedade, mas não dá veredicto e nem culpados, apenas aponta que todos nós estamos sozinhos , bebendo o vinho de seu próprio mundo, a mercê de profissionais de péssimas noticias.
Talvez seja melhor mesmo continuar assistindo os filmes em casa...

domingo, 30 de maio de 2010

DESCONFIE DO ÓBVIO (Analise de SHERLOCK HOLMES)


Arthur Conan Doyle foi um escritor que ensinou tudo o que existe do SUSPENSE FORENSE...dotado de uma imaginação técnica criou um dos personagens mais tridimensionais que existe:Sherlock Holmes...As qualidades são tantas que precisou de muito esforço para fazê-lo parecer um menino medíocre que banca o super-herói nessa nova versão de SHERLOCK HOLMES. As unicas coisas que fazem lembrar o famoso detetive é seus apetrechos afetichados que rotularam por anos o padrão de investigador (Lupas,caximbos e microscópios) .è certo que essa geração necessitasse conhecer o pai do indício ,mas precisava retratá-lo como um Frankestein dos estimulantes visuais? Ao watson de Jude Low ,foi guardado a etiqueta e conduta própria (e chata?) da época enquanto a Holmes do hiperativo Downey Jr uma vítima de sua mente perpicaz (como um amaldiçoado mutante dos neurônios)?
Ao invés de atribuir e focar nos seus métodos e a sua confiança na ciência, o subadolescente Holmes precisa de músculos e explosivos para sobreviver a surreal trama que os "roteiristas" de hoje lhe presentearam.
Consegue-se ver em cada frame , um GUY RITCHIE gargalhando com sua franquia garantida com a grana cinemão em mãos...colocando toda tecnica possivel( e cacoetes de seu cinema) para o visual improvável sob uma trama tão óbvia que o que se espera ver sempre é maior do que se espera saber.
E pela forma da revelação final,recomendo colocar esses roteiros para animar uma nova franquia do SCOOBY-DOO,que o custo benifício pode ser maior. Ou inventem um Neto sarado para fazer as piruetas do detetive "moderno" mas deixem em paz o cachimbo de Holmes e todo o legado de Doyle.

QUANTO MAIS LONGE, MAIS PERTO (Análise de O FANTASTICO SR RAPOSO)


Nada é tão humano quanto uma fábula...mesmo que seja sobre raposas...mesmo que seja sob uma animação "low-tech" a base de stop-motion...e mesmo que seja orquestrada pelo adepto as esquisitices Wes Anderson.Nunca seus princípios nerds foram tão bem representados do que na animação: "O FANTASTICO SR RAPOSO", e sob tais improváveis condições nasce uma pequena pérola do cinema família.
Aliás ,depois de filmar familias estranhas até agora em filmes originais sob um não intensionado humor negro, ao adaptar Roald Dahl, Wes vai explorando uma maturidade narrativa.Aplica com mais prudencia suas convicções e explora cenarios e sob tecnicas magnificas seu misé en cene...
Não há nada de especial numa história de um pai de família que quer reencontrar sua natureza de ladrão de galinhas e tenta entender seu filho adolescente que tem atitudes fora do padrão que é continuamente comparado a um primo prodígio.
MAs a simplicidade e timing pelo qual a história se desenvolve a medir que os animais vão se aproximando das verdades humanas e angustias colocadas como natural no processo de civilização(algumas frases são terrivelmente sinceras ) traz uma mensagem sadia e bem humorada (Salvo alguns momentos explicativos na necessidade de Wes assinar sua obra)mesmo sob problemas que para nós parece irrecuperáveis.
Cabe a todos nós entender que o cinema de distanciamento de Anderson se aproxima da verdade do cinema: Quanto mais longe de nós, mais perto parecemos.

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