
Wes Anderson trocou a terapia pelo cinema...isso faz 5 filmes. MAs a de se considerar que ele é daquele tipo de diretor cuja obssesão só faz bem a humanidade: Viagem a Darjeeling é seu filme-exorcismo. Seu talento visual inegável , misturado a uma cenografia fantastica, cede praticamente 3 filmes em 1 (quatro, contando com o curta inicial). O primeiro filme é sobre as diferenças familiares a se acertar independente se estão sobre um contexto marivilhosamente cultural, cujos dialogos poderiam ser ditos em qualquer lugar e praticamente ofuscam a arte ao redor dos personagens. O segundo filme é o olhar ocidental para a cultura intraduzivel dos hindus, onde complexidade e poesia se misturam de forma até cruel. E o terceiro filme são as referncias sobre si mesmo , tanto na trilha sonora , quanto nas mensagens subriminares (Bill Murray perde trem e metaforicamente o filme, os personagens autobiográficos de Jason Schwartzmann e Irfan Khan como coadjuvante de luxo).
O desafio agora de Anderson é mais do que simples. Parar de falar de si mesmo para usar toda seu ponto de vista e travellings em camera lenta em uma leitura do macro cosmos, ja que seu mundo foi fechado com chave de ouro.