É possível postar um mestrado antropológico inteiro sobre a necessidade do macho humano desde sua infancia posicionar-se como vencedor. A pressão de estabelecer-se como um simples pai de família ou como líder de um bando de assaltantes trogloditas é o que faz dessa pequena fábula denominada de "OS INDOMÀVEIS" uma justificação de personagens em que lutam contra suas fraquezas para atingir a sensação de que há mais do que a vida pela simples sobrevivencia.
Ben Wade (Russel Crowe) destila onipotencia intelectual e transcende a armadura que a vida lhe obrigou a vestir quando pode em pequenos diálogos dar amostra do ser humano sensível e altruísta esmagado pelo assassino impiedoso no qual se tornara.
Não por acaso a película me remete a um personagem não menos conhecido de nosso país, Lampião, que tem uma história análoga, que sobrevive a nossa cultura pela complexidade que Virgulino foi.
Apesar da coragem ser a mola mestra do conto, a fraqueza é que une o Ben Wade a Evans ( Cristian Bale) ´que tem mais medo da vida medíocre que poderia levar do que do impiedoso assassino. É isso que desmonta Wade que encontra em Evans alguem merecedor de seu unico ato de benevolência da vida.
Ápesar de filmograficamente novo, o ritmo do filme é tão velho quanto a sua primeira versão, e faltou ousadia do diretor James Mangold de inserir um olhar mais "moderno".
Fica como uma boa história para contar aos filhos, e aos mocinhos e bandidos dentro de cada um de nós.
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