sexta-feira, 25 de julho de 2008

KUBRICK E OS OLHOS DE ROBÔ



A natureza humana é arrebatadora quanto a sua vontade de transformação do meio a favor de sua adaptação ao espaço. Quando alguma tecnologia favorece o bem estar humano acaba provocando a adaptação muitas vezes da propria sociedade a favor delas. É a pura relação homem-tecnologia discutida nos cafés filosóficos.
Essa introdução caberia perfeitamente a uma análise de 2001-uma odisséia no espaço, porem quero falar do 2001 do inteligentissimo Andrew Stanton e a razão por ele ainda pertencer junto de Brad Bird nas cabeças da PIXAR. O filme é WALL-E.
O filme não só reverencia o classico de Kubrick , como tambem aumenta a discussão e utiliza da mitologia cinematográfica com seu divisor tecnológico crucial: DO CINEMA MUDO PARA O FALADO (enquanto em 2001 é DAS MÂOS VAZIAS A FERRAMENTA)
O timing de Chaplin e todos os mestres do cinema mudo estão lá, observado por uma camera diferente, quase de vigilância, até o momento em que o obsoleto Wall-e é levado para a realidade obesa e ignorante da nova humanidade ( dominada por um robo bem a estilo do HAL) onde o ritmo e cores mudam e exigem outro tipo de dinamica e humor.
A mensagem é clara quanto ao que devemos cuidar em nossa educação: Somos os macacos do Kubrick e não os Wall-es de Stanton (pois até Wall-e quer experimentar o que temos de melhor : nossos sentimentos) mas que para desfrutarmos de toda essa ciencia precisamos olhar para os nossos registros e de contemplar a beleza do que somos capaz de criar, e o cinema ajuda a entendermos essa mensagem ( Wall-e ama "ALO DOLLY").
Quem sabe a humanidade perceba em tempo que o excesso de informações pode nos fazer esquecer nossa humanidade. E que esse magnifico filme não seja apenas visto daqui a 700 anos apenas por olhos de robô.

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