Não há como não louvar a parceira entre Johnny Deep e Tim Burton, que podemos ver tambem em outros medalhoes ( Scorcese e De Niro e recentemente Mortessen e Cronemberg ), e só essa quimica permitiria a Burton a se arriscar um musical de pessoas que nunca cantaram...
Isso explica o resultado de "SWENNEY TOOD", musical do teatro setentista extraido dos palcos para o cinema. A cautela para tal projeto foi extrema...tanto que o cinema ficou a desejar. A economia de numero de tomadas é visível parecendo dispensar um grande tempo para acertar o timing dos atores para com o ritmo do musical. Apesar de fantasticos , o desconforto nos olhos dos atores salta aos olhos. Tudo é comedido a uma interpretação a merce da musica que eles acabam dublando enquanto rodam a cena, Talvez para não tirar a atenção do excelente trabalho da direção de arte.
Alias, o casal é uma versão macho=femea do proprio Tim Burton, e podemos ver sua identidade sombria em diversas passagens ( Tood segura a navalha e grita: -Agora minhas mãos estão completas - seria Burton segurando a camera?)
Comparando musicais, a NOIVA CADAVER, é muito superior , mas Johnny Deep consegue acertar a mão fazendo um Swenney Tood amargo e sóbrio sem o maneirismo costumeiros de suas outras personagens, sendo o silêncio seu maior aliado na interpretação. Helena Bonhan Carter até tenta , mas ainda esta longe de carregar na voz tantas canções solo.
Enfim (detesto terminar um texto assim, mas enfim..) O redundante Burton despeja no cinema mais um mote obscuro da vida, buscando a perfeição em um sonho onde a verdadeira beleza humana está em suas mais escuras cores..
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