segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A VIDA DOS OUTROS



Usei o maravilhoso título do filme alemão que ganhou o oscar de melhor filme estrangeiro, por que deve-se homenagear essas raras excessões em que um título cabe perfeitamente com o que vemos na tela( Há de se conver que quem coloca titulos de filmes no Brasil é um anti-genio).

O filme poderia passar apenas como panfleto que denuncia a vida sofrida dos artistas na alemanha oriental, no fim da guerra fria, calcada na necessidade de opressão e pessoas que viveran a vida apostando nesse tipo de sistema e fizeram sua vida para ser um competente observador da vida dos outros. Muitas vezes o filme fica nessa premissa... mas os detalhes humanos desse vouyerismo pol´tico em espionar a casa de alguem são o que enriquecem a trama...mais que a transformação do carrasco investigador em anti-heroi.

Tirando os coadjuvantes obvios, a fita é melhor concentrada no fetichismo de interferir na vida de quem se vigia. Uma leve referencia é claro a interatividade proporcionada pelos veiculos de comunicação que por um voto de telefone "voce decide" os acontecimentos de tal personagem.

Com prudencia e inteligencia , o capitão Gerd (O fantastico Ulrich Muehe, de Violência Gratuita) age como um Deus em sua cupula e tenta favorecer seus vigiados em troca do despertar humanista que o casal lhe proporcionou...mas acaba descobrindo que não se age mo livre arbítrio de um ser humano.. e por mais que voce coloque em seu caminho sinais e atitudes, impoe direções mesmo que seja para seu bem, não há como prever as reais motivações e o limite de tolerancia da alma humana.

Uma linda metáfora ,mal interpretada pelo grande público, vista mais como um drama inserido em um contexto histórico, mas que denuncia muito mais o mundo capitalista em sua tentativa de coação pelo fetiche do que o socialista pelo interrogatório.

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