
O cinema alternativo, baseado na câmera subjetiva como alternativa teve seu marco inicial em 1999 com a infância da internet , usando-a a favor do cinema , com o poderoso (para a época e ainda dá uns trancos hoje) "Bruxa de Blair" que usa-se de atores desconhecidos e um pseudo documentário para instaurar o terror mais intenso : o da expectativa.
Alguns respingos desse tipo de cinema vieram a aparece com o tempo: dentre eles os sofríveis REC e QUARENTENA, o inassistível DIARIO DOS MORTOS e os caros e muito felizes CLOVERFIELD e DISTRITO 9...
Passada uma década de "BLAIR" , produtores se agarram no inconsciente coletivo das novas gerações, e capricha na propaganda viral e nos recursos da nova linguagem de mídia para oferecer um produto de baixo custo e muito alarde: ATIVIDADE PARANORMAL
que deveria ser chamado de ATIVIDADE SENSORIAL, visto que ele tem objetivo cinematográfico nulo e serve apenas para ativar pavores adormecidos em nosso inconsciente, alem de reiterar a displicencia e ignorancia dos conceitos americanos perante a paranormalidade, misturado a conceitos chulos de fantasma e demonologia(?).
Há de se reconhecer sua eficiencia: migalhas de recursos são usados para manter a atenção e a tensão progressiva das cenas das cobertas acabam mesmo te deixando estressado, mas momentos risiveis de pirotecnia desnecessária e "assustadoras" pegadas no talco quebram o ritmo.(lembrou-me brincadeiras com minha filha e o coelhinho da páscoa)
Em suma... um projeto que não é documentario e nem cinema, não é novidade...não é didatico e nem bom atores tem... sobra apenas como produto efêmero para fomentar o medo: ou seja, um desserviço.
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