
Marcar o cinema como uma forma alternativa para o que se percebe, faz dos temas de Terry Gillian rodear em circulos. Mas dessa vez ele levantou sua lente e encontrou na realidade a forma mais obvia de escapar via ilusão. Seu filme CONTRAPONTO conversa conosco pela linguagem de quem se infurnou em seu proprio mundo: pelas drogas, bebidas ,por um retardamento, por um acidente, não importa as vias... só para a criança é permitido sonhar e escapar ilesa, enquanto para os adultos servirá de outros subterfugios para escapar de suas infelicidades via ilusão. A mensagem é que apenas o cinema é forma imaculada de projeção de um sonho. (A televisão não existe para o mundo dessas pessoas, elas já tem seu vicio). Gillian levanta a bandeira da ficção e nota que ela é um triste remédio para sustentar nosso psique abalado e torturado pela informação crua e nua da vida. Todos os personagens por algum motivo não querem estar nem ser... querem apenas usufruir de uma liberdade ética ,onde podemos viver nossos sonhos. Não queremos realiza-los, só vive-los. Gilian nos alerta para essa cachaça de entretenimento a quem nós vamos nos viciar, gritando de um fundo do poço que ele mesmo não quer ou não consegue sair.
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