sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Caminhar a OBRA PRIMA

O desejo de todo artista é criar sua Obra Prima. E só consegue aquele que a busca desde sua primeira obra. è o caminho de Brad Bird desde O GIGANTE DE FERRO, passando pelo OS INCRÌVEIS e quase a consegue com RATATOUILLE. Digo quase não sabendo bem porque, sinceramente...Talvez pelo culto a exigência que o proprio filme propôe o depõe contra si, ou pelo excesso de humildade que o protagonista imprime que acaba transferindo ao autor, o que lhe dá mais respeito a cada obra conferindo seu nome em qualquer coisa que trabalhar em qualidade.
Transferencia é , aliás, a linha condutora da história de um rato que quer cozinhar, servindo de metáfora para milhares de pessoas que tem talento e obsessão pelo que desejam para sua vida, tentando romper as barreiras de preconceito.
De uma forma quase que espiritual, Remy ( o rato chef) conversa com seu Idolo morto, o chef Gusteau , que seria seu lado incentivador e ele praticamente o guia para seu sonho, enquanto logo em seguida ele mesmo é o guia de Linguini, que quer reconhecimento, ou seja, um jog de transferencias de responsabilidade. Anton Ego, o Critico é o único que assume um posicionamento e sua autenticidade (caderninho de anotações e máquina de escrever), e que talvez mais paga por ela quando se rende aos pratos criados por um rato.
A dicussão dos valores e o comportamento social é a linha que conduz o cinema de Bird, prato que ele serve com primor, elogio a tecnica e didatismo, querendo provar que o trabalho é que define o artista e nem sempre o resultado.

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