
Se a convivencia é a arte da intimidade, BERGMAN encontrou o ponto e praticamente esfregou na cara da morna decada de 80 como estabelecer o vinculo personagem-espectador, com o belíssimo FANNY e ALEXANDER. Há tanto a se falar do filme que é dificil escolher o que detacar. Vou me ater apenas a explicar meus adjetivos a esse estrondoso trabalho.
FLUIDEZ: como é bom ter paciencia em contar uma história. Nada de edições picotadas como resumos e como se o dialogo não tivesse força de passagem.
DRAMATURGIA: Os atores empenhados em ser canalizadores da mensagem-diario de Bergman
ESTILO: A história é contada como um terror, de tão pesado que é o olhar de ALEXANDER ( o pequeno Bergman) perante a morte e sua incompreensão de ter que ser conduzido pelas ideologias estigmatizadas , e choques de valores. ( a alegria dos excessos mundanos X pesar dos ritos religiosos) alem da perplexidade de ver a diferenca em ter um pai artista classico que morre pobre e dos ricos titeres visionários que o surpreendem e conseguem ler seus pensamentos.
Tudo qu se filma ali é uma justificativa de sua vida. E é conduzido com tamanho carinho no desenvolvimento das personagens e no figurino e direção de arte que os envolve que o naturalismo da cena parece mais verdadeiro que a realidade. É a fusão do que é com o que torçamos que seja: Uma intersecção da intimidade do que vemos com a rejeição do que sentimos.
Se o cinema de Bergman é uma entidade, com certeza seu fantasma não deixará os jovens obreiros da sétima arte tão cedo.
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