Pensamentos, Desabafos e Pretensões de um indivíduo que teve a honra e a desgraça de nascer em 1972, se perceber como gente em 1985, se achar adulto em 1992 e estar completamente feliz com sua familia em 2009
domingo, 12 de abril de 2009
DENTRO DO ARMÁRIO
Ver um filme cuja opinião já vem sendo formada por muita gente tem outro impacto sob nossos olhos... ou olhar...
O cérebro faz meio que uma varredura para procurar, durante a exposição , indícios que justifiquem tais opiniões... o que é desagradável e as vezes insano, já que uma obra tem como a apreciação a justificativa de sua existencia.
Ver MILK é "procurar" . Quem? Primeiramente GUS VAN SANT , seu diretor...
O Sant envernizado de oscar estava escondido desde Genio Indomável em um armário experimental , no qual nos renderam obras questionáveis e por isso mesmo brilhantes ( e a O.P. Elephant) .
Sant se esconde atras de uma obra-documentario para homenagear o ser humano pelo homem-discurso: Harvey Milk/Sean Peen num ato maior de inteligencia do que de humildade, pois Sant está lá na película... com sua Stady Cam nas costas de Josh Brolin e na escolha de uma história no qual todos sabemos o final trágico (Last Days e Elephant tambem tem essa temática)
Em segundo plano temos a procurar é Dustin Black , e seu oscar como melhor roteiro. A narrativa linear é cirurgica mas não menos envolvente ao tratar do homem político e lúcido que foi Milk. Tudo poderia facilmente se descambar para a panfletagem homossexual, tornou o texto solene de um homem que encontrou uma maneira de se orgulhar de si mesmo.
E por fim procurar Sean Peen... que sustentado por um excelente James Franco e Emile Hirsch (Diego Luna não consegui ser mais que uma bixona latina) sumiu na pele de Milk.. e passa naturalidade impressionante até nas cenas ditas "fortes", ensinando como se ambientar num universo em que para tudo onde se olha se respira sexualidade, pela simbologia a qual se pretendeu defender.
De tanto procurar... achamos algo humano em nós ou nos outros que estava na solidão do armário junto com Harvey Milk, Sean Penn , Gus Van Sant e (quem diria ) todos nós , ou seja , a humanidade não havia saido do armário.
E é nos discursos escolhidos para o roteiro que se reflete no maior legado que poderia ter nos deixado:
A igualdade mora no eterno estado de minoria.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
https://www.paypal.com/br/cgi-bin/webscr?SESSION=w8CUwMwYB1IIOH%2dO6WgiIXPNEe%2dnyusZYrbcNceqMe6NLlfTWyVLkhnkhUu&dispatch=5885d80a13c0db...
-
BASTARDOS INGLÓRIOS é um dilema... literalmente.. para o TARANTINO também e ele sabia disso... por isso levou muito tempo para realiza-lo p...
-
Saudoso Glauber Rocha , de todas as estupendas falas que ele metralhava em suas entrevistas, a mais conhecida é : basta uma idéia na cabe...
-
GUERRA AO TERROR é no mínimo um fato sui generis na história do Oscar... A academia reencontrou o filme que está em circuito desde março de ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário