segunda-feira, 20 de abril de 2009

FAZER-SE NÂO ESTAR


Woddy Allen é uma especie de Caetano Veloso do cinema americano... Quietinho ...faz umas bobagens experimentais de vez em quando... e de repente nos premia com obras que se não são primas empolgam pelo inovadorismo. VICKY CRISTINA BARCELONA é uma prova que ele continua mais afiado do que nunca...e o melhor : quando quer prova ser mais moderno que os cienastas-mentiras que surgem num surto de publicidade.
E dessa vez Allen supera a si proprio que historicamente impoe a nós sua figura caricata e não menos importante...substituindo-se em tres personagens: na forma de Cristina, Vicky e Maria Elena.
Ha uma tendencia em Allen estar em seus filmes... Dessa vez ele esta na tentativa de se evitar... Mas tudo no filme se remete a isso: A anunciação é o fundo... o narrador anuncia a redundancia de Cristina... Judy anuncia Barden , Barden Anuncia Cruz... Cruz anuncia a tragedia, Vicky anuncia o erro ( que ela mesmo cometeria numa interpretação magistral de Rebecca Hall) e Todos anunciam Nova York pelos olhos de Allen que muitas vezes se retira do filme num ato de anunciação de si proprio , como um turista que se apaixona pelo que a cidade lhe inspira ( a cena de amor entre Barden e Yohansson é a paixão latina surtando a camera e a direção da ortodoxalidade de um diretor que prima a razão contra o passional e se rende aos ares de uma cidade que se entrega a arte sem analise)
Por tudo isso...pelo seu retirar... Allen esta lá...mais vivo e presente do que nunca.

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