Pensamentos, Desabafos e Pretensões de um indivíduo que teve a honra e a desgraça de nascer em 1972, se perceber como gente em 1985, se achar adulto em 1992 e estar completamente feliz com sua familia em 2009
domingo, 31 de maio de 2009
A PAIXÂO DE ROURKE
Sou obrigado a pedir licença nessa pequena cronica (e não analise oucritica como costumo fazer) e confessar que essas linhas serão escritas na continuidade da emoção complascente que o filme O LUTADOR de DARREN ARONOWSKY me proporcionou.
O diretor já havia demonstrado de forma plastica e autoral que queria falar das prisões humanas e os caminhos sem volta que as escolhas nos permitem : em PI pintada pela segurança racional, em REQUIEM PARA UM SONHO a busca da felicidade a qualquer preçoe em FONTE DA VIDA a negação da morte.
Mas é em THE WESTLER que ele deixa um personagem-ator,contar sua historia, e apenas o persegue em sua propria caminhada rumo ao encontro do óbvio. E não poderia ser outro senão Mickey Rourke a contar a historia de alguem que tinha tudo na decada de 80 e tropeça em si mesmo na decada de 90 e tenta ressucitar nos anos 2000.
A simplicidade do enredo é o truque pois Aronowsky apenas precisa captar o desgaste no rosto deformado de Rourke iludido pela glória da fama em que achava que tinha o poder de seu destino e pagou o preço da autenticidade.
A cada fala do personagem "The Ram" é impossivel não ver um Rourke envolvido no contexto.
Mas Aronowsky tambem está lá... na flagelação provocada pela sociedade para com quem olha de baixo para cima , mesmo sob toneladas de massa muscular, e a bomba relogio que seus personagens se vem submetidos.
Mas nunca os dialogos (ou os silencios) tiveram tanta cor...e é na fala final de Randy que o fruto da fama se aceita como destino e fim em si, analogia ao "cordeiro de Deus" e se entrega a possivel morte como se não houvesse outro caminho...Nem mesmo Maria Madelena foi capaz de tirar o cordeiro de seu sacrifício.
Em O LUTADOR não há perguntas , apenas o fato do que a vida é ato e armadilha , e que até mesmo a redenção pode nos ser negada."É no ringue é que nos machucamos menos"
Humildemente ARONOWSKY entrga sua melhor visão na pele de um biografo que nos golpeia com um retrato canhestro da humanidade :
A de que o cinema criou um monstro chamado MICKEY ROURKE e ele nos presenteou a si mesmo.
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