quarta-feira, 15 de julho de 2009

Candidato ao Legado


A palavra referência tornou-se no meio crítico um bordão.Todo e qualquer analista que percebe algumas tecnicas chupadas de algum filme ou cacoete filmico de algum autor consagrado chama a obra de homenagem, como se ela não tivesse nenhuma assinatura de quem dirigiu.
Essa injustiça tem sido veiculada , com muita veemencia dos filmes de JOHNNY TO, principalmente EXILADOS.
Para quem começa vendo o filme lembra automaticamente de SERGIO LEONE (bem mais do que Rodriguez tentou em Era uma vez no Mexico) , no ritmo, na musica e principalmente nos silencios.
Quando abre-se o verbo, e as atuações não como sentir uma breve brisa de TARANTINO e por fim estudando com calma o roteiro , GUY RITCHIE é o que vem em mente.
Apesar de paracer que eu tenha colocado o filme numa vala-comum-da-violencia,To tem voz própria o tempo todo... Ele a codifica na metáfora do acerto de contas mitologico dos mafiosos ocidentais e consegue transferir o western-espaguete para o western lamen e por vezes quase esquece-se de que tudo passa numa estranha e ao mesmo tempo familiar , MACAU, ilha no qual serve de catarse coletiva a todos que se "exilam em nome do que lhe é caro"
E mesmo sob um verniz de DEJAVU, é na interpretação e disciplina dos atores em passar o sentimento que a fábula sobre lealdade exige, que TO demonstra ter mão firme, e sob os violões italianados não há como o coração não espremer e lembrar de como o afeto nos faz falta.E disso o ousado diretor não precisou copiar de ninguem, tudo não passa de uma tentativa de candidatar-se a um legado cinematográfico que espera merecedores.

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