quinta-feira, 23 de julho de 2009

O ENVELHECER DIDÁTICO


Usar a si mesmo como intrumento de lição , moralista ou não, sobre a sociedade e seu fetiche na violência é talvez o mais importante desafio de indulgencia que CLINT EASTWOOD tenha feito de sua carreira cinematográfica.
Nos ultimos quatro filmes em que atuou , a sua aparição é de alguem que cai de um prédio em camera lenta, e nos liga do celular de vez em quando para dizer como se sente , como quem observa o mundo de dentro do seu ato que por bem do cinema parece mais longo.
Em GRAND TORINO o ato final parece explicito.O filme que tem um personagem que só caberia a ele fazer (me veio agora TOMMY LEE JONES) gira em torno de sua personagem que caricaturamente ele compõe para os impagaveis dialogos que denotam o choque moral, social e racial de gerações tão distantes.
A gradativa aproximação desses mundos calcado na esperança de que ainda há espaço para gentilezas e benevolencias mesmo que por um tom de ironia e humor negro, é a mais tocante, o personagem Walt percebe que sabe mais sobre a morte do que a vida, e quando quer se intrometer no ritmo dessa nova geração sob a força de que a decepção de que conceitos baseados na vingança não redimem nem trazem paz , usa-se de sua propria vida para dar a lição final: a de que tambem aprendeu.
O encantador carro não serve apenas de elemento de desprendimento mas de que nossa geração tambem tem algo a invejar na velhice: a imponência e a eterna sensação de poder.
Por fim a moral da historia tem como simbologia o próprio EASTWOOD: antigo e revigorado.

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