sexta-feira, 17 de julho de 2009

REDENÇÂO POR CELEBRAÇÂO


Thomas Vintemberg e LArs Von Trier na decade de 90 estipularam um manifesto cinematográfico chamado DOGMA 95 , estipulando 10 regras de anti-comercialismo, que muito poucos cineastas se renderam pelo indeglutível ( e não intragáveis) resultados que hora e outra apareceriam. A estética do cinema cru estava iniciando e com insistencia algumas obras primas surgiram. Cito principalmente OS IDIOTAS e FESTA DE FAMILIA.
Se este ultimo não tivesse existido , com certeza ñinca haveria se quer pensado o projeto: O CASAMENTO DE RACHEL do quase esquecido JOHNATHAN DEMME.
O promissor diretor de O SILENCIO DOS INOCENTES e FILADELFIA se encaminhava para o limbo das produções medíocres (leia-se:O SEGREDO DE CHARLIE) e corajosamente colocou sua camera em punho e se atirou numa especie de revisitação filtrada do DOGMA,principalmente na estrutura tecnica ( ou na inteligente falta dela)
Apostou em um rostinho bonito (ANNE HATHAWAY) que fosse talentoso e na competencia de Rosemary Dewitt para numa pelica que dura os dois dias de um casamento filmado como se estivessemos dentro dele (inclusive dentro dos problemas pessoais de cada um) e o produto de tudo isso foi estupendo.
Tudo se deve tambem ao fato do roteiro de JENNY LUMET explorar a beleza de um ato ritualistico de entrega de vidas entre duas pessoas , que pode ser simples visualmente mas extremamente rico na composição do todo, de forma por vezes extremista e pieguas, como a realidade as vezes evoca.
Todo tipo de gente e seus monstros se encontram na celebração de pessoas que resolvem modificar o rumo de suas vidas, reparar erros, perdoar-se e encontrar no vinculo da familia que nunca deixaram de ser estranhos.
a trilha sonora que é composta apenas dos musicos convidados que ensaiam pelos cantos fazendo fundo aos dialogos. estão diluidos na trama de forma natural,muito sensivel e discreta, assim como elementos de cena que querem contar o sentimento interior da personagem ( como a cena em que as irmãs se abraçam na provação do vestido de noiva e os alfinetes espetam uma a outra, clara referencia ao dialogo que se sucederia).
E assim... de uma forma surpreendente pla simplicidade , vimos um filme caseiro de luxo mas guiado pelos sentimentos verdadeiros das tragedias , da lavação de roupa suja e o perdão colocados sem edição, sob a chuva redentora da celebração.

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