Pensamentos, Desabafos e Pretensões de um indivíduo que teve a honra e a desgraça de nascer em 1972, se perceber como gente em 1985, se achar adulto em 1992 e estar completamente feliz com sua familia em 2009
terça-feira, 1 de junho de 2010
O MORALISTA FRANCÊS (Analise de UM AMOR SEM ESCALAS)
Confesso que ultimamente tenho ido pouco ao cinema... muitas estreias eu espero para ver em casa, de filmes inclusive que apelam para o meu cinefilismo de sala escura. O cine 3d tem até me provocado curiosidade, mas ...passo. E se vou procuro horários que ninguém vá..e passei até um ano com um hobby esquisito de procurar entrar em cinema vazio. Tudo por aversão aos comentários de saida: "não gostei, não entendi, achei chato." Frases que cortam meu coração perante a muitas vezes um filme inesquecível.
E no instante que bati com George Clooney em AMOR SEM ESCALAS, me identifiquei..(em comportamento) ao seu personagem, que deliberadamente fugiu do relacionamento com as pessoas para viver atravessando o país , contratado para demitir pessoas.
Seu metodismo e obsessão por milhas o caracterizam como uma pessoa feliz por não levar nada alem de seus pertences pessoais. E ainda dá palestras motivacionais de como se libertar de compromissos tentando provar a si mesmo do sucesso de sua escolha de estilo de vida.
Entretanto, quando sua profissão pode ser substituida pela tecnologia , e ele encontra finalmente uma versão femina de seus princípios... seu castelo de areia desaba e ele começa a se perguntar se não havia fugido demais da vida.
Dois momentos parecem derrama-se me vida: A festa no barco e o casamento de sua irmã.O restante é uma tentativa de se sofrer e se sorrir.
O filme datado a atual situação financeira nada mais é do que mais uma tentativa de lição moral de Jason Reitman, que vê no cinema como estudo ´sobre o homem moderno, seus novos comportamentos frente ao tempo presente, e focando no homem e seu vazio quando estruturado por valores que ele nem mesmo entende por que adotou. A mensão justa ao filme de AMELIE POLAIN é uma referencia ao ponto de vista frances no qual o diretor é claramente influenciado.
A narrativa lenta e previsível faz desse seu filme mais convencional. NAda agressivo e incorreto...apenas ilustrador...sob montagem limpida e correta.
De certa forma o filme entra ecos no bom O MENSAGEIRO (com Ben Foster) sobre a idéia do tutoriamento de um vetereano para uma pupila em informar tragedias,um do lado da guerra, outro pelo financeiro. claro cada um com sua força dramática.
MAs não se engane...Reitman nos seus filmes é franco-subversivo e quase um promotor, que por profissão acusa novos rumos morais da sociedade, mas não dá veredicto e nem culpados, apenas aponta que todos nós estamos sozinhos , bebendo o vinho de seu próprio mundo, a mercê de profissionais de péssimas noticias.
Talvez seja melhor mesmo continuar assistindo os filmes em casa...
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2 comentários:
Gostaria de ver uma crítica sobre Amelie Poulain e talvez sobre os filmes da Trilogia das Cores...sendo que o cinema francês, que na minha opinião é ótimo com dramas, não é tão conhecido pelas pessoas quanto o cinema americano, por exemplo.
Revi Amelie Poulain e postei sobre...vou rever a trilogia e em breve comentarei..obrigado pela visita e comente mais.
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