sábado, 25 de janeiro de 2014

LEITE MOÇA E VINAGRE ( Análise do filme Blue Jasmine)




      Uma fala editada como um filme de Lars Von Trier... uma descontinuidade cirúrgica e uma atuação monstruosa. Um dos melhores filmes de Woddy Allen. É pouco ?  foi o que deu de perceber com BLUE JASMINE.
     Impiedosamente citado como filme de Ator, o filme dá asensação que esse baixinho tem um poder de escrita clássica-moderna como poucos....um dos maiores gênios vivos. Tá certo que a atuação da Cate Blanchett é uma das mais nobres dos últimos tempos. MAs a tortura social que o diretor imprime a personagem é de uma magnânima classe que a gente chega a ter pena de uma dondoca que em qualquer outro filme falso-moralista , teriamos a vontade de vê-la na sargeta.
    Allen sutilmente nos coloca dentro do mundo de uma mulher que adotada por um universo de privilégios é jogada para o submundo de sua irmã menos privilegiada socialmente, pra mostrar dois mundos de um mesmo país que não se conversam , mal tem sequer uma intersecção.
   Como misturar leite moça e vinagre, cada diálogo pode ser constrangedor na pele da pobreza ou da riqueza... explorando sem pirotecnia a dor e a delicia de cada um ser o que cultivou durante a vida inteira.
   Quando as duas irmãs tentam uma permitir o mundo da outra ( cena esta que se dá numa festa onde "todo mundo está lá" )  as duas metem os pés pelas mãos posteriormente acordando que nunca deveriam ter saido do seu quadradinho. Por mais miserável que parecesse sua situação.
   No final , ainda na moralidade do recado de quem tem nada a perder é sempre mais feliz,  Woddy ainda pede um olhar complacente para aquele que experimentou o éden e cai como numa tragédia grega a loucura da ilusão de quem só quis sobreviver no unico mundo que soube viver a vida inteira.

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