quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ALICE IN BURTONLAND (Análise: Alice no País das Maravilhas)


Um classico de literatura adaptado para cerca de 30 filmes e milhões de edições no mundo todo devia virar religião. Alias , como diz Humberto Eco é quase masis importante que "a religião". Burton diz em suas entrevistas que viu cerca de 30 versões para chegar a ALICE do seu jeito. Mas cá pra nós, acho que só a versão Game-gótica lhe interessou, e infelizmente a mais fraca de todas.
Na dúvida de refilmr entre os dois livros de Caroll(que tem mais fábulas que o proprio livro) e fazer uma espécie de continuação ele resoveu fazer os dois, provavelmente negociado com a Disney que era dona do dinheiro.
Como todas essas idéis eram muito para o caminhãozinho criativo-narrativo de Burton, o resultado trouxe apenas uma versão mal-humorada, anti-didática e quase-constrangedorta do que foi alice.
Burton e outros diretores vivem a época de mostrar mais que cinema, e sim o fetiche autoral dos que ainda "perdem" tempo em ir ao cinema.
Não leve a mal meu diagnóstico. Visualmente até cumpre-se a expectativa (salvo o robô que ficou crispin glover e a pouca intimidade ao 3 d de Burton), mas Alice tem cargas psicológicas mais importantes do que foi apresentado.
Burton tem claramente o dominio visual ,e chega a irritar ao convocar ( mesmo que sejam grandes atores e tem uma relação simbiótica com Burton) Johnny Deep e Helena Bohan Carter... como se cinema fosse trupe de teatro. Infelizmente ele boicota seus proprios coadjuvantes colocando Anne Hathaway numa patética Rainha Branca, que mais parece imitar Jack Sparrow com roupa de debutante.
Minha filha que pouco conhece sobre Alice, teve até o prazer de ver ], sem trilha nenhuma a genial passagem em que Alice ( com 19 anos desmemoriada) tenta entrar como no livro, na porta pequena, procurando um jeito entre beber liquidos que encolhem e alimentos que crescem. Pelo menos isso é uma passagem universal, e poucas das alusões verídicas ao livro.
Mas ao invés da tematica é mostrar para Alice o mundo da maturidade como fez Carol, Burton resgatou Alice do mundo real para salvar a Wonderland de sua estupidez: Inversão pura dos valores, que se registra na cena em que a Rainha Vermelha ou Copas(não ficou claro) ela pega um flamingo para jogar criquete ( Megalomania Disney resgatando seu famoso desenho).
E mais absurdo é explicações realisticas ( tumor para deixar cabeça grande? ou Mercúrio para deixar chapeleiro louco) para explicar o mundo de Caroll.
A ompressão é que o devemos desistir do cinema em favor de outro entretenimento do gênero, antes que as crianças assistam daqui a 10 anos refilme-se Alice em cima dessa versão. o que só colocaria mais besteiras ao molho da subversão medíocre.

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