Pensamentos, Desabafos e Pretensões de um indivíduo que teve a honra e a desgraça de nascer em 1972, se perceber como gente em 1985, se achar adulto em 1992 e estar completamente feliz com sua familia em 2009
segunda-feira, 24 de maio de 2010
BOMBAS A DESARMAR (Analise de O MENSAGEIRO)
As coisas acontecem em Bagdá e aos poucos vemos, ainda que de forma sutil,o cinema abordar um pré-pós-Iraque. Diferente dos veteranos polarizados do Vietnã, os combatentes chegam de Bagdá com uma sensação profunda de perda de tempo, e embora e sua reintegração a sociedade parte não da exorcização de monstros externos a si e sim na procura do vazio provocado por uma guerras sem razões definidas. De forma suscinta é disso que trata O MENSAGEIRO, filme de estréia do roteirista Oren Moverman que mostrou bastante talento em dissecar (em partes) Bob Dylan no excelente NÂO ESTOU LÁ.
MAs a grande sacada está em Moverman conduzir o herói vivido pelo sempre eficiente BEN FOSTER a sua masi difícil missão: conhecer a morte pelo ponto de vista de quem não vai a guerra. WOODY HARRELSON que ainda mostra bala na agulha para papéis de extrema complexidade emocional conduz o novato em avisar os parentes de soldados mortos num tutoriamento entre o dever e a compaixão e dialogos afiados que lembram de raspão DIA DE TREINAMENTO. E quando a camera move-se sob altura do ombro , como que em uma pura ação de guerrilha, a angustia e sensação de que tudo pode acontecer no momento que voce revela a um familiar a morte de um ente, cada abordagem tem o mesmo tom de uma bomba a se desarmar em GUERRA AO TERROR. Tudo pode acontecer e poucas vezes me senti tão tenso em um IRAK-MOVIE.
No momento em que as diferenças dos protagonistas são lapidadas, o filme decai para uma certa amornidade,que apesar de anti-climax é um toque inteligente num momento do filme que poderia ser destruido por um clichê dramático desnecessário.Esse é o motivo que as coisas, mesmo na morte como condução, soam como um final feliz possivel e mais do que sonhado por tantos soldados que querem uma paz de espirito e um fiapo de motivo para que não o empurrem de volta para a guerra, nem que para isso tenham que aprender a desarmar a dor do outro.
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