domingo, 30 de maio de 2010

QUANTO MAIS LONGE, MAIS PERTO (Análise de O FANTASTICO SR RAPOSO)


Nada é tão humano quanto uma fábula...mesmo que seja sobre raposas...mesmo que seja sob uma animação "low-tech" a base de stop-motion...e mesmo que seja orquestrada pelo adepto as esquisitices Wes Anderson.Nunca seus princípios nerds foram tão bem representados do que na animação: "O FANTASTICO SR RAPOSO", e sob tais improváveis condições nasce uma pequena pérola do cinema família.
Aliás ,depois de filmar familias estranhas até agora em filmes originais sob um não intensionado humor negro, ao adaptar Roald Dahl, Wes vai explorando uma maturidade narrativa.Aplica com mais prudencia suas convicções e explora cenarios e sob tecnicas magnificas seu misé en cene...
Não há nada de especial numa história de um pai de família que quer reencontrar sua natureza de ladrão de galinhas e tenta entender seu filho adolescente que tem atitudes fora do padrão que é continuamente comparado a um primo prodígio.
MAs a simplicidade e timing pelo qual a história se desenvolve a medir que os animais vão se aproximando das verdades humanas e angustias colocadas como natural no processo de civilização(algumas frases são terrivelmente sinceras ) traz uma mensagem sadia e bem humorada (Salvo alguns momentos explicativos na necessidade de Wes assinar sua obra)mesmo sob problemas que para nós parece irrecuperáveis.
Cabe a todos nós entender que o cinema de distanciamento de Anderson se aproxima da verdade do cinema: Quanto mais longe de nós, mais perto parecemos.

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