terça-feira, 11 de maio de 2010

ENLATADO AMERICANO (Analise de IRONMAN 2)


O primeiro filme do HOMEM DE FERRO tem a cautela natural de quem queria apresentar o personagem e provar que a MARVEL consegue andar com seus proprios pés, alem da expectativa de ver Robert Downey Jr num papel-celebridade parecido com seu cotidiano mais famoso. Traduziu-se por fim num filme eficiente e morno.
Essa continuação , mais tranquila com o sucesso do primeiro filme, deixou todos relaxados, e isso permitiu para que os atores-foco diminuissem a concentração ( ate mesmo do roteirista) e revelou uma peça que atingiu a medianidade do primeiro filme por seus altos (bem altos) e baixos (bem baixos)
Começarei com os sofriveis plots que estabelecem o romance central e histérico de Downey e Paltrow que incomodavam e até puxavam o freio de mão da trama, numa falta completa de quimica e que deveriam segurar os momentos onde as latas indestruitíveis(?)não se espancavam.
Outra é pessima investida é de Scarlett Yohanssen no papel de Viuva Negra (NADA A VER é pouco) que nitidamente foi enxertada pela popularidade e suas cenas de ação convencem tanto quanto uma coreografia do Dança do Famosos do Faustão. Não teria ao menos uma fala descente para ela? E coloca-la de novo (como no estupido Spirit) de assistente Samuel L. Jackson, com a pior cena de chamamento para o filme dos vingadores?
Se isso não fosse o suficiente, o diretor Jon Favreau quer pegar carona como celebridade colocando em si mesmo em seu personagem, cheio de cenas, a fala patética pseudo-subliminar: -Eu dirijo. E sem me ater o senso desconfortável do dever de do personagem de Don Cheadle.
MAs apesar disso, o filme entendeu que o homem de ferro não tem mais o que dar do que isso que mostrou, e acaba sendo feliz em momentos em que experimenta camera para nos poupar de momentos enfadonhos, como da sabatina com o senador, a primeira cena em que o IRONMAN cai como um paraquedista em um show ou da revelação de seu pai sobre seu legado.
MAs para salvar o filme do equivoco, SAM ROCKWELL e principamente MICKEY ROURKE roubam e as tem para si todas as cenas em que aparecem. Rourke está na mais plástica e acertada cena que a MArvel ou qualquer filme de HQ produziu, quando protagoniza praticamente o centro de um grande premio em MONACO e enfrenta de peito aberto, os carros com seu chicote (eletronico, claro). Ali está todo o espirito do que se quer ver num filme de ação: Um ser humano, quase que com as mãos dominar o surrealismo da violencia, e não bonecos de CGI se socando ao som de aço retorcido, ou um final apoteótico digno de um SPECTROMEN. Ali Stan Lee estava presente: no chicote de WHISPLASH.
Entre mortos e feridos, salvou-se o troglodita Rourke, sob a impressão que no cinema a MARVEL e D.C. trocam papéis.

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